terça-feira, 9 de outubro de 2012

LEI X GRAÇA


        "A Lei veio por intermédio de Moisés a GRAÇA E A VERDADE por Jesus Cristo nosso Senhor"(Jo 1:17)


              







  Onde você vive? na Lei ou na Graça? Onde devemos viver na Lei ou na Graça? Usamos como base bíblica e doutrinária para a "IGREJA" a PALAVRA DOS EVANGELISTAS E SANTOS APÓSTOLOS pois por eles veio à nós a SÃ DOUTRINA.


        Você ja tentou misturar a ÁGUA E ÓLEO? impossível não é? Da mesma forma a LEI e a GRAÇA; é IMPOSSÍVEL vive-las juntas. ou você esta na VELHA ALIANÇA ou na NOVA ALIANÇA, tomando por base em hebreus 8:7-13 no texto que se diz?


           "Pois, se aquele primeiro(conserto/testamento) fora sem defeito, nunca se teria buscado lugar para o segundo. Porque repreendendo-os, diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá um novo pacto(conserto/testamento). Não segundo o pacto que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; pois não permaneceram naquele meu pacto, e eu para eles não atentei, diz o Senhor. Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo; e não ensinará cada um ao seu concidadão, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até o maior. Porque serei misericordioso para com suas iniquidades, e de seus pecados não me lembrarei mais. Dizendo: Novo pacto, ele tornou antiquado o primeiro. E o que se torna antiquado e envelhece, perto está de desaparecer."


                Este texto nos mostra uma REAL condição da Lei e da Graça.


                 Existem inumeros textos em que é relatado que a lei foi CUMPRIDA por Jesus Cristo nosso senhor, Deus mostrou claramente que a LEI seria removida do meio do povo ou seja o povo SE RELACIONARIA COM DEUS POR MEIO DE UMA NOVA ALIANÇA : A GRAÇA.


                Começaremos falando mais claramente sobre a LEI. Segundo o Apostolo Paulo a Lei veio para que o pecado se MANIFESTASSE DE FORMA MALIGNA: "a fim de que pelo mandamento (lei) o pecado se manifestasse excessivamente maligno" (Rom 7:13). Quero deixar claro que quando o Apóstolo fala da LEI ele nao faz separação da LEI CERIMONIAL e a LEI MORAL.


                 Quando o apóstolo fala da lei ele fala da aliança que Deus fez com Moisés. Se observarmos com cuidado veremos que o apóstolo se preocupou em deixar claro citando certos mandamentos como: nao cobiçaras: "Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás." se você conhece a palavra verá que esse é um dos mandamentos da lei que muitos chamam de: LEI MORAL.


                  Quero deixar bem claro que essa afirmação nao condiz com a verdade do evangelho e da Sã Doutrina. Pois Cristo é o fim (cumprimento)da lei para justificar a todo aquele que crê. (Rom 5:4) Jesus ao dizer : está consumado ele CRUMPRIU tudo o que EU E VOCÊ não tinhamos CONDIÇÕES de cumprir, pois só Jesus conseguiu cumprir a LEI, pois a nossa carne trouxe inultilidade a LEI, por nao conseguir-mos cumpri-la. "Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado." (Rom 8:3) A Lei tinha de ser cumprida ao todo nao em pedaços pois quem TROPEÇAR EM UM só mandamento tropeça em TODA a lei, Porque Moisés escreve que o homem que pratica a justiça que vem da lei viverá por ela.(Rom 10:5) Paulo disse que os que querem se justificar na lei tem caido da graça. " Separados estais de Cristo, vós os que vos JUSTIFICAIS pela lei; da graça DECAÍSTES.(Gal 5:4). Observe como você tem se relacionado com Deus pois se você tenta se relacionar com ele se justificando pela LEI você NÃO ESTA EM CRISTO.


                      É pregado hoje em dias que você tem que fazer issso ou aquilo pra alcançar alguma coisa de Deus, que você tem que pagar dizimos (trataremos deste assunto mais detalhadamente) para o devorador nao entrar em sua vida, que subir em montes que queimar papeis de oração , guardar dia, meses e anos e outras coiasa que hoje é MODA NA IGREJA sem falar das comidas e outras coisas mais. IRMÃOS VOCÊS ESTAO SENDO CARREGADOS DE ORDENANÇAS (LEI) para tentar alcançar a CRISTO desculpe-me dizer mas voces estão sendo ENGANADOS. Porque irmão estou sendo enganado(a)? PORQUE O JUSTO VIVE DA FÉ (Rom 1:17).

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PASTOR DITADOR


É feio, antiético e antipático quando um pastor trata os demais obreiros como se fossem seus empregados; quando usa palavras ríspidas contra eles, principalmente em público.
Os oficiais auxiliares do pastor, são companheiros de caminhada, são ajudantes do líder. Devem ser respeitados e dignos de acatamento.
Ao tratar seus “subordinados” com desrespeito ou como se fossem crianças, estará demonstrando pouca habilidade em relações humanas. Quem mais fica com a imagem prejudicada é ele, e não quem ele chamou a atenção.
Que pena quando um homem ocupa um cargo tão honrado como o pastor e não sabe se dirigir aos seus pares. Mesmo que mereçam ser repreendidos, ele o fará em privacidade ou com palavras elegantes que não deixem o obreiro auxiliar constrangido.
Definitivamente, os obreiros auxiliares não são empregados, e nem escravos do pastor. O pastor não tem direito de tratá-los como homens sem valor.
O pastor sábio será amistoso ao considerar assuntos delicados; será comedido ao tratar de fatos negativos, esteja o culpado presente ou ausente. Se agir assim, conquistará sua equipe e será bem-sucedido.
Se o pastor cultivar estilo ditatorial, todos, ainda que continuem com ele, sabem que ele deveria dar o lugar a alguém mais qualificado, mais polido.
Gritos, ameaças, demonstrações histéricas, em nada geram boa vontade; principalmente entre pessoas esclarecidas.
O pastor ditador, embora não digam a ele, deveria pedir para ser substituído; assim, daria descanso aos seus obreiros e daria melhor testemunho de um homem que se diz homem de Deus.
Examinemos nossas atitudes, melhoremos, cresçamos. Somos o exemplo. Estão nos vendo. Imitar-nos-ão no futuro e dirão que aprenderam conosco.
Maus tratos não têm recompensa de Deus; o amor, sim.

domingo, 7 de outubro de 2012

OS CAÇADORES DE HEREGES

Um certo cidadão me chamou de herege porque eu prego a  doutrina  da  unicidade de Deus.
Então vamos inteder a questão, e o significado da palavra heresia.

Uma palavra que estamos acostumados a ouvir com frequência quando o assunto envolve doutrinas é a palavra “heresia”. É fácil taxarmos alguém de herege ou que determinado ensino é heresia, basta o ensino de quem quer que seja ser diferente do nosso. No entanto, a conotação pejorativa da palavra é coisa relativamente recente. O termo “heresia” vem do grego αἵρεσις (hairesis) e significa simplesmente “escolha”. A palavra não era estranha aos escritores do Novo Testamento e nem aos primeiros cristãos. Os tradutores preferiram traduzi-la por “heresia” em I Co. 11.19, Gl. 5.20, II Pd. 2.1 e, por “seita” em todas as demais ocorrências dessa palavra, notadamente no livro de Atos dos Apóstolos, inclusive para falar dos seguidores do Nazareno, como vemos em At. 24.5 “Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita (heresia) dos nazarenos;”, a palavra “seita” aqui é literalmente “heresia”, ou seja, poderia ser traduzido por “heresia dos nazarenos”, isto significa dizer que, no linguajar de hoje, Jesus e seus discípulos eram considerados hereges ou sectários. Paulo era reconhecido como um membro da seita ou integrante da heresia nazarena da qual os judeus ouviam falar mal, At. 28.22 “No entanto bem quiséramos ouvir de ti o que sentes; porque, quanto a esta seita (heresia), notório nos é que em toda a parte se fala contra ela.

Com o passar do tempo a palavra “heresia” deixou de ter o significado simples de “escolha” ou “linha de pensamento” para ter a ideia de oposição à Palavra de Deus. Os grupos começaram a taxar uns ao outros de herege.
Orígenes, por exemplo, foi considerado um dos maiores teólogos de seu tempo e o mais proeminente antes de Agostinho de Hipona, no entanto foi rotulado de herege posteriormente porque muito de suas posições conflitavam com aquilo que posteriormente foi convencionado como ortodoxia. É verdade, claro, que a obra de Orígenes não necessariamente reflete toda a verdade da fé cristã, mas a percepção posterior que tiveram de seu trabalho mostra que aquilo que não era heresia em determinado momento da história cristã pode ter seu status mudado de acordo com as circunstâncias.
Geralmente o grupo dominante ou em maior número arrogará para si a detenção da verdade acusando o grupo discordante, minoritário, de herege (o inverso também pode acontecer). No entanto pertencer ao grande número não significa necessariamente pertencer àqueles que estão do lado da verdade bíblica. O maior exemplo dessa possibilidade é o contraste das doutrinas bíblicas com as defendidas pela, grande em número, Igreja Católica Romana. A partir do imperador Teodoro I e durante toda a idade média era a igreja dominante e taxava de herege além de condenar à morte todos os que não concordassem com suas doutrinas. Muita gente morreu sem serem dignos desse fim. A igreja romana se pôs acima de todos até à época da Reforma quando aquela que acusava a todos seus opositores de herege, passou a ser reconhecida também como herege. Os reformadores viram nela o símbolo da heresia e da paganização da fé cristã.
O espírito de intolerância e prepotência, no entanto, não é exclusividade dos católicos medievais. Ainda hoje, com muita facilidade, católicos e protestante taxam uns aos outros e ambos a outros grupos de hereges. Dentro do protestantismo mesmo vemos acusações mútuas de heresia, no pior sentido da palavra, com muita facilidade. É verdade que dentro do cristianismo há pontos indiscutíveis de fé como, por exemplo, a afirmação de que Jesus é nosso Salvador, e é verdade que sim. Mas, há outras questões importantes de doutrina que não estão expressamente ditos na Bíblia e são defendidos por grandes grupos cristãos. A chamada doutrina da trindade é uma delas. Assim, pela própria ausência de explicitude dessa doutrina na Bíblia um trinitário poderia, dentro da conceituação e do sectarismo existente hoje, ser chamado de herege. Mas, dentro do conceito etimológico da palavra os diversos seguimentos cristãos são hereges entre si, pois cada um fez uma escolha, e, escolha é o significado primário da palavra heresia.
Portanto a alegação de heresia, não depende exatamente de que determinado ensino ou ponto de vista seja realmente herético (quem o determinará?), pois pode ser apenas a alegação de um grupo que tenha arrogado para si o status de detentor da verdade e discorda do ensino de outro grupo.

sábado, 6 de outubro de 2012

OS FARISEUS DA ATUALIDADES


Ainda existem fariseus? Sim. Mas os fariseus de hoje não são os pertencentes à seita que existia nos dias em que o Senhor Jesus andou na terra. Os fariseus da atualidade são os que propalam o falacioso evangelho (falsas boas novas) farisaico, verdadeiramente legalista, o qual prioriza questiúnculas, em detrimento das questões relevantes.
Quem são os fariseus do século XXI?
Os fariseus do século XXI costumam ser como os que viveram no tempo em que Jesus andou na terra: donos da razão e inflexíveis (Mt 23.32-39). Paulo, que foi um fariseu (At 23.6; Fp 3.5), deu ouvidos à voz de Jesus e humilhou-se diante dEle: ‘Senhor, que queres que faça?’ (At 9.6). Ele disse isso depois de ouvir a repreensão do Senhor, a caminho de Damasco (vv. 1-5).
Até ouvir a voz de Jesus, Paulo, também chamado Saulo (At 13.9), era truculento, inflexível e pensava que estava fazendo a vontade de Deus! Se você tem seguido ao evangelho farisaico, faça como o imitador de Cristo: ouça a voz do Mestre, o qual, aliás, dirigiu uma mensagem a todos os fariseus, em Mateus 23. Neste capítulo, o Senhor enumera as características do farisaísmo de ontem e de hoje:
Os fariseus dizem uma coisa e praticam outra (v. 3)
É como se afirmassem: ‘Façam o que eu mando, mas não façam o que eu faço’. Aprendamos com Jesus, que fazia e ensinava (At 1.1). E, por isso, pôde dizer: ‘Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também’ (Jo 13.15). Leia Romanos 2.21-23.
Os fariseus põem fardos pesados sobre as pessoas (v. 4)
Eles mesmos, como disse Jesus, ‘nem com o dedo’ movem tais fardos, mas vivem exigindo que o povo siga ordenanças originadas em suas cabeças.
Os fariseus são vaidosos, soberbos (vv. 5-12)
Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens; amam os lugares de destaque e os títulos. Quantos hoje não agem assim? Fazem questão de exibir os seus nomes com siglas após a vírgula: ‘Fulano de Tal, PhD, DD, ThD’. Tais ‘doutores’ se esquecem de que o mais importante é ser um servo do Senhor Jesus Cristo! Uma sigla que eu gostaria de usar depois da vírgula é ShD — Servo humilde de Deus! [Mas isso também seria vaidade, pois quem é humilde não precisa dizer que é.]
Os fariseus contribuem para a perdição de muitos (vv. 13-15)
A Palavra de Deus diz que devemos salvar a nós e aos que nos ouvem, tendo cuidado de nós mesmos e da doutrina (1 Tm 4.16). Mas os fariseus, além de não entrarem no Reino de Deus, impedem que os seus seguidores entrem, torcendo o verdadeiro evangelho de Cristo. Tornam os seus prosélitos ‘filhos do inferno duas vezes’. Daí Jesus ter afirmado: ‘… ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova’ (Mt 15.14).
Os fariseus são condutores cegos, insensatos e hipócritas (vv. 16-22)
Eles inventam ordenanças, exigindo dos fiéis uma santidade exagerada, extrabíblica, extremada, excêntrica, excessiva, ex… Que Deus tenha misericórdia deles e de seus seguidores; que a graça os alcance em tempo oportuno!
‘Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas’ (Ap 3.6). E quem tem olhos leia o que Jesus disse em Mateus 23!



É incrível como o mundo está se tornando um lugar difícil para se viver em virtude do assustador e avassalador crescimento dos fariseus.

Infelizmente, o número de fariseus, no Brasil e no mundo, tem crescido assustadoramente,  uma doença contagiosa, muitos estão aderindo ao farisaismo com uma facilidade incrível.
tornando o nosso cotidiano preocupante, perigoso e sem futuro.
Assim como difamavam e perseguiam a Jesus Cristo, há cerca de dois mil anos, utilizam os mesmos métodos réprobos contra os seguidores de Jesus Cristo dos dias atuais que combatem as suas más obras com galhardia e objetividade.
Insatisfeitos com a dignidade dos seguidores de Jesus Cristo, inventam mentiras e, nas caladas das noites, tramam coisas diabólicas contra os homens decentes que ainda existem em grande quantidade. Assim como existem corruptos, outrossim ainda existem homens incorruptíveis.
Adeptos das mais repróvaveis atitudes em geral, eles investem pesado contra os homens de bem, tentando manchar a reputação de homens de verdade. Quanto mais eles avançam nas suas maldades, mais as pessoas ofendidas pelo mesmos cativam a um número maior de admiradores.
As mentiras dos fariseus surtem efeito momentâneo, pois a verdade é infinitamente mais importante e eficaz do que a calúnia. Invejosos e malvados, eles serão destruídos por si próprios e estão devidamente desaprovados por Deus, sendo inimigos do Deus Todo-Poderoso.
Os seguidores de Jesus Cristo vivem em paz e estão protegidos por Deus. Os fariseus são mentirosos, falsos e não confiam em ninguém, pois nem eles são merecedores de confiança.
Os que servem a Jesus estão com a vitória garantida, enquanto que os fariseus já estão devidamente reprovados por Deus e pelos homens. Afinal de contas, Jesus Cristo é mais poderoso do que o príncipe deste mundo. No mais, tenho dito!

























     

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

LOBO EM PELE DE CORDEIRO

O sentido da palavre  "lobo em pele de cordeiro" fica mais seria  quando um líder agir como tal. O lobo vestido de cordeiro é traiçoeiro e cruel,tem uma conversa suave e mansa e é "bonzinho" quando,na verdade esconde as guarras por traz de uma aparência de  piedade.


Estamos vivendo um tempo de crescente apostasia. Temos visto ultimamente, de maneira quase sistemática, a imprensa divulgar escândalos no meio evangélico.

Tais escândalos sempre trazem no seu bojo a falta de ética e o despojamento moral de seus “líderes”. Muitos falsos pastores, doutrinadores e pseudo-avivalistas têm procurado enganar o povo evangélico, através do discurso baseado no misticismo vil.

A Palavra de Deus tem sido contaminada e pervertida pelo apelo místico, que introduz no meio da Igreja, heresias ocultas em meias-verdades, ocasionando um cristianismo de aparência que não traz a real percepção de Deus.

Muita gente sincera está sendo enganada pelo fingimento de falsos líderes, ocasionando uma verdadeira epidemia de confusão nas igrejas. Muitos estão desviados, afastados, entristecidos e feridos dentro e fora do ambiente eclesial por causa dos abusos e da exploração.

Está ficando cada vez mais difícil encontrar uma igreja onde todos possam amadurecer e crescer em Cristo. A Bíblia diz claramente que haverá uma grande apostasia nos últimos dias. Não haverá um grande reavivamento, como alguns lobos estão anunciando, mas, ao contrário, apostasia, a rejeição e o afastamento da sã doutrina bíblica.

"Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição." (2 Tl :3).

Esses falsários, utilizam um estilo clássico de palavras com traduções originais errôneas e frases de memorização e impacto, para conceituar uma fé cujo modo de aplicação leve as pessoas a necessitarem de amuletos.

Endeusam homens, rebaixam a Deus, enaltecem satanás como ator fundamental e diminuem o senhorio de Cristo. Essas “empresas de fé” invadem todos os contextos culturais, usando de chantagem e extorsão, querendo fazer sócios e mediar acordos entre o Jesus deles, o diabo em fuga e os pobres ouvintes incautos.

Oram, usam a Bíblia, têm templos parecidos com templos cristãos, mas seus conceitos de fé não são baseados na doutrina de Cristo; sua demonstração de fé é pagã e obscura, com a utilização descarada de jargões e frases feitas, tendo por objetivo apenas o retorno financeiro.

A conseqüência disso, é que as vidas são enganadas, e sua teologia distorcida anti-bíblica bloqueia o discernimento da pessoa em relação a Deus. Pregam um um “outro evangelho” travestido de saúde, sucesso e vida abundante.

O resultado é desastroso, pois para aqueles que são enganados e roubados, encontrarem de volta o caminho, à verdadeira fé bíblica, será quase impossível, pois foram deixados solitários sem saber em quem confiar.

Esses falsos pastores deturpam o sentido claro das escrituras, usando fórmulas artificiais ilegítimas, afastando as almas para longe do Senhor. Profetizam mentiras, enganos do coração, furtando as palavras de Deus, pois não foram enviados, nem ordenados.

"Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR. Portanto, assim diz o SENHOR Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o SENHOR". (Jr 23:1-2).

Essa doutrina perversa da prosperidade financeira, desloca Deus para a posição de um mero mensageiro; a adoração é substituída pela mera petição e a oração é substituída por fórmulas mágicas de ter o que o EGO deseja.

Cuidado com essas doutrinas místicas, oriundas de grupos neo-pagãos, feiticeiros e oportunistas ladrões. Se você estiver nessa enrolada, vai fracassar e se cansar de esperar, cheio de expectativa pela saúde e riqueza que não chegará.

Depois, vai se desesperar, se afastar da fé, ficar irado com Deus ou então, se decepcionar por não ter sido “escolhido” e pode ser que até acabe acreditando em novas mentiras dos púlpitos, mas quando acabar os seus recursos, você será trocado por outros que virão encher as malas e sacolas de dinheiro desses lobos travestidos de pastores.

A fé não é crer no que se vale como visão para se fazer existir o que se deseja; fé é o firme fundamento das coisas que não se vêem. (Hb 11.1).

São líderes que buscam agradar aos homens em vez de buscar o louvor de Deus, acham aceitável abrir as portas para todo o tipo de lixo, desde que esse “lixo” tenha apelo popular.
Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. 
Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão o rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. (At 20:28-30).

Esses versos são uma advertência aos cristãos que pastores perversos aparecerão e ferirão o povo de Deus. "Os seus sacerdotes violentam a minha lei, e profanam as minhas coisas santas; não fazem diferença entre o santo e o profano, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles". (Ez 22:26).

Igrejas aparecem e desaparecem, mas o Senhor Jesus nunca muda, e é totalmente confiável. Se uma igreja ou um pastor é liberal e está caminhando longe de Deus, não dê ouvidos aos seus conselhos. Infelizmente, muitas pessoas que fazem parte do povo de Deus não se preocupam e continuam com um falso pastor.

"Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis". (2 Co 11:4).

Esse é o quadro vivido pela Igreja hoje hoje! De um lado, pastores liberais, pregam sobre santidade e de outro, caminham com os pés nas ofertas e no número de pessoas que vêm à igreja.
"Contudo serão ministros no meu santuário, nos ofícios das portas da casa, e servirão à casa; eles matarão o holocausto, e o sacrifício para o povo, e estarão perante eles, para os servir. Porque lhes ministraram diante dos seus ídolos, e fizeram a casa de Israel cair em iniqüidade; por isso eu levantei a minha mão contra eles, diz o Senhor DEUS, e levarão sobre si a sua iniqüidade. E não se chegarão a mim, para me servirem no sacerdócio, nem para chegarem a alguma de todas as minhas coisas sagradas, às coisas que são santíssimas, mas levarão sobre si a sua vergonha e as suas abominações que cometeram". (Ez 44:11-13)
DIFERENÇA ENTRE PASTOR E LOBO
Pastores buscam o bem das ovelhas; lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores vivem à luz da cruz; lobos vivem debaixo dos holofotes.
Pastores têm fraquezas; lobos são poderosos.
Pastores são ensináveis; lobos são donos da verdade.
Pastores têm amigos; lobo tem admiradores.
Pastores vivem de salários; lobos enriquecem.
Pastores vivem para suas ovelhas; lobos se abastecem das suas ovelhas.
Pastores apontam para CRISTO; lobos apontam para si mesmo e para igrejas deles.
Pastores são humanos, são reais; lobos são personagens religiosos caricatos.
Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas; lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
Pastores são simples e comuns; lobos são vaidosos e especiais.
Pastores quando contrariados silenciam, aquietam; lobos rosnam e tornam-se agressivos.
Pastores se deixam conhecer; lobos se distanciam e ninguém chega perto.
Pastores alimentam as ovelhas; lobos se alimentam das ovelhas.
Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
Pastores vivem uma fé encarnada; lobos vivem uma fé espiritualizada.
Pastores se comprometem com o projeto do REINO; lobos têm projetos e reservas pessoais.
Pastores são transparentes; lobos têm agendas secretas.
Pastores dirigem igrejas-comunidades; lobos dirigem igrejas-empresas 
lucrativas.
Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
Pastores buscam a discrição, lobos se auto-promovem
Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas; lobos se interessam pelo crescimento das ofertas  e "dizimos".
Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a CRISTO; lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
Pastores criam vínculo de amizade; lobos aprisionam em vínculo de dependência.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

JESUS O ÚNICO DONO DA IGREJA


BRINCANDO DE CASINHA DE BONECAS COM A IGREJA DE DEUS

Uma advertência solene aos santos da igreja do Senhor.    




Muitos pensam que Deus criou a igreja e deixou que a ordem e decência da igreja fossem definidas por qualquer um, em qualquer época e ao sabor das circunstâncias e inclinações culturais. Esse engano, às vezes consciente e às vezes inconsciente, é fruto de descaso com a Palavra de Deus, o verdadeiro manual da igreja, a autoridade final. Muitos tratam a igreja, de modo semelhante a duas meninas brincando de casinha de bonecas. Elas fazem o que querem com as funções e papeis dos membros daquela casinha. Mesmo ambas sendo meninas, ambas concordam que uma delas vai ser o pai e a outra vai ser a mãe. Na brincadeira movida a fantasia elas fazem o que querem. Quando uma se cansa de ser o pai, diz para a outra, agora é sua vez de ser o pai. Depois, como se cansaram de brincar de casinha de bonecas, decidem que a casinha não é mais casinha, mas um armazém, um shopping center, um hospital ou outra coisa qualquer.

Seguindo no mesmo clima de fantasia e irresponsabilidade acima, alguns líderes de igreja, vão tratando a igreja sem nenhum temor a Deus, como se a igreja fosse a casinha de bonecas que falamos acima. Sua maior arrogância e terrível pretensão é tratar a igreja como se fosse propriedade deles, e que com ela pudessem fazer o que quisessem. Esses maus líderes, verdadeiras maldições para suas igrejas, criando confusão e sucessivas divisões na igreja local, não somente mudam os papeis da liderança da igreja, mas, também, mudam os próprios papeis e funções da igreja do Senhor, que eles pensam que é deles, e pensam que essa brincadeira de mau gosto, soberba insana e fantasia demoníaca vai lhes sair barato.


ALGUMAS VERDADES BÍBLICAS ESQUECIDAS POR ESSES LÍDERES-LOBOS QUE TENTAM TRANSFORMAR A IGREJA DO SENHOR EM CASINHA DE BONECAS:
1.     Que a igreja não é deles, mas é propriedade exclusiva de Deus. O Novo Testamento se refere sempre a igreja como “igreja de Deus”  (II Co 1:1; Gl 1:13; I Tm 3:5)

2.     Que a igreja já tem uma ordem e decências estabelecidas pela Bíblia. Que o Novo Testamento foi escrito para que os líderes fiéis soubessem como proceder na igreja do Deus vivo. “Para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”.  (I Tm 3:15).

3.     Que Deus não terá por inocente os servos maus e negligentes que transformam a sua igreja num covil de malfeitores e politiqueiros carnais. (Mt 12-13; 24:48-51; 25:26, 30).

4.     Que os maus líderes que dividem e dilaceram a igreja do Senhor por motivos pessoais e carnais, não escaparão do juízo divino que os destruirá, bem como a seus comparsas e cúmplices. “Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões. São estes os que promovem divisõessensuais, que não têm o Espírito”. (Judas 17-19)

5.     Que a politicagem carnal e mundana é apropriada ao mundo e nunca jamais à igreja do Senhor, e os que dela participam estão entre os carnais inveterados nas obras da carne que não terão parte no Reino dos Céus. (Gl 5:19-21)

6.     Que aqueles que destruírem o santuário de Deus, Deus os destruirá. (I Co 3:17)


I – DE QUEM É A IGREJA LOCAL?
- COM CERTEZA ELA NÃO É DE HOMEM OU ENTIDADE ALGUMA.
1)     A IGREJA NÃO É DO PASTOR – Ao Pastor de uma igreja foi confiada grande autoridade unida a grande responsabilidade. Como o bispo da igreja ele é individualmente a maior autoridade da igreja, o supervisor, administrador, gerente de toda a igreja, porém, pesa sobre ele a gravíssima responsabilidade de prestar contas diretamente a Deus pelo rebanho do Senhor, a ele confiado. Por isso, o pastor bíblico deve pastorear a igreja como a “igreja de Deus” e não como a sua” igreja, como se tivesse o direito de fazer com ela o que melhor lhe parecesse.

     Pastorear a igreja como igreja de Deus é pastorear não para agradar a si mesmo, parentes ou a qualquer membro da igreja, mas, pastoreá-la para agradar tão somente a Deus. Um pastor que pastoreia uma igreja para agradar a homem não é servo de Cristo, portanto, também não é um pastor de Deus. Um pastor que não é um pastor de Deus, realmente chamado por Deus, para viver e agradar a Deus, de fato, é uma maldição para qualquer igreja. [Atos 20:28 – “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a IGREJA DE DEUS, a qual ele comprou com o seu próprio sangue”].

2)     A IGREJA NÃO É DE UMA LOCALIDADE ou CULTURA – Embora, a igreja local esteja em determinado local ou cultura, a igreja não pertence àquele local ou cultura como se suas normas tivessem de se adequar ou se submeter às leis e regras daquele local ou cultura.
- Por exemplo. Alguém diz, nossa igreja já está neste local há muitos anos e sempre fez deste “Jeito”. O que vai interessar no final das contas, não é o tempo e as pessoas que apóiam aquele “jeito” peculiar da igreja ser. O que realmente vai importar no final de tudo, é o que realmente é à vontade de Deus, conforme revelada em Sua Palavra a Bíblia Sagrada.
     [1 Coríntios 1:2 - “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesuschamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo,Senhor deles e nosso”]:

3)     A IGREJA NÃO É DOS CRENTES –  A igreja de Coríntios tinha os crentes mais “carnais” destruidores da igreja de Deus que se tem registro. O espírito destruidor dos coríntios estava exatamente no fato de tratarem a igreja como se fosse deles. Por isso, Paulo começa aquela carta, baseando toda sua doutrina e instrução para igreja, no fato de que a igreja é de Deus, e não dos crentes, e que o Senhor é a autoridade máxima da igreja, ou seja, Cristo e não os crentes.

    - Esses “crentes perversos e pervertidos” se tornam famosos por terem se tornado “os donos da igreja”, de modo, que ninguém faz nada sem o seu consentimento e cumplicidade. São conhecidos também como “peritos em botar pastor para fora da igreja”, porque, ou o pastor faz o que eles querem, ou então o pastor pode arrumar as malas, ou seja, em vez de pastorear a igreja, o pastor deve se deixar intimidar e se deixar pastorear por este grupo de “filhos de belial”, do contrário, os tais “crentes malditos” tornarão a sua vida na igreja um inferno, chegando ao ponto, em que, ou ele sai, ou fazem uma política infernal para pô-lo para fora em uma assembléia de escarnecedores e zombadores das coisas sagradas.


II - O QUE ACONTECE QUANDO PASTOR E LÍDERES TENTAM SER DONOS DA IGREJA DE DEUS.
A igreja se torna amaldiçoada por um império de carnalidade, perversidade e joio, onde os pastores e líderes de belial levam a igreja a ser progressivamente destruída.à  Há igrejas, cheias de crentes e líderes malditos pela carnalidade, perversidade e falta de conversão, verdadeiros filhos do inferno, que, pelo fato de não temerem a Deus e nem se submeterem à Sua Palavra, já começam amaldiçoando a igreja, quando essa quer convidar um pastor. Esses filhos de belial não querem um pastor de Deus, um homem santo, nem um profeta do Senhor.

à  Eles querem um pastor “frouxo”, “mundano”, “carnal” e não convertido como eles, por isso, todos os pastores sérios e tementes a Deus são riscados da possibilidade de integrarem a lista de possíveis candidatos àquela igreja. Finalmente, conseguem um pastor conforme o perfil que desejavam. Convidam o homem, porém, quando aqueles líderes, que são a maldição de suas igrejas, começam a se relacionar como o “novo” pastor, percebem que se enganaram, ou seja, que não será tão fácil dobrar aquele pastor carnal, pois uma das características da carnalidade é a obstinação e dureza de coração. Logo, não demora muito tempo, começa uma terrível batalha entre o pastor de Belial e os líderes filhos de Belial. Dependendo do caso, o pastor de belial bota os líderes de belial para fora, ou o inverso, os filhos de belial botam o pastor de belial para fora. PORÉMa desgraça toda fica sempre para a igreja, que tem sobre si a maldição de ir de divisão em divisão, de pastor em pastor, até a sua destruição final.

à  Um exemplo deste tipo de crentes é visto na igreja de Corinto. Por isso Paulo os adverte solenemente a não se tornarem tropeço ou queda para a igreja de Deus e ainda mostra que a atitude daqueles crentes-tropeço para igreja era de fato de desprezo pela verdadeira igreja de Deus, ou seja, esses infelizes que fazem divisões carnais na igreja, de fato não amam a igreja, mas apenas a sua vaidade e soberba pessoal. Porém, o dia chegará em que a maldição em que eles transformaram a vida da igreja cairá por cima deles, e terão o fim de todos os divisores carnais do povo de Deus.


à EXEMPLO DE PESSOAS QUE PARTICIPARAM OU FORAM CÚMPLICES DE DIVISÕES CARNAIS DO POVO DE DEUS:
(1)  A começar de LÚCIFER que dividiu os anjos de Deus, e é o inspirador de todas as divisões carnais e pai de todos os divisores carnais, condenado para sempre à escuridão e ao abismo de tormento eterno. Esse é o fim dos divisores carnais. (Is 12:14-15)

(2)  Passando por CORÉDATàE ABIRÃO que foram tragados vivos no abismo, eles e suas famílias que foram cúmplices do partidarismo e politicagem para derrubar Moisés, pois, não perceberam que desprezar alguém enviado por Deus é desprezar o próprio Deus (Nm 16:12-33).

(3) Finalmente, todos os CRENTES NOMINAIS, verdadeiros filhos de belial que dividem igrejas, expulsam pastores e amaldiçoam suas igrejas, segundo a sentença de Cristo, suas casas ficarão desertas, e eles próprios no tempo certo serão tragados pelo abismo.

1 Coríntios 10:32  Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus.


à  DESCRIÇÃO DE LÍDERES DIVISORES CARNAIS DO POVO DE DEUS: 
 (1)       Moisés chamou Core, Datã e Abirão, de HOMENS PERVERSOS, por tentarem dividir o povo de Deus através de rebelião carnal contra ele, que era o legítimo pastor constituído por Deus (Nm 16:26).

(2)       
São chamados na Bíblia de  filhos de Belial OU DO DIABO, como os filhos de Eli, que eram líderes que não se importavam com o Senhor e com a santidade da Sua casa, mas zelavam apenas pelos seus interesses carnais. Todos os filhos de belial serão lançados fora da casa do Senhor e terão a mesma sorte dos espinhos, que é serem queimados(I Sm 2:12; II Sm 23:3-6)

(3)       
NÃO AMAM A IGREJA, PELO CONTRÁRIO, A MENOSPREZAM, e mentem quando dizem que fazem política e divisões porque a amam.  “... menosprezais a IGREJA DE DEUS e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente, não vos louvo” I Co 11:22.

(4)       
SÃO CRENTES NOMINAIS (apenas de nome). Dividem a igreja através do partidarismo e politicagem, motivados por soberba e a vã glória de defenderem o seu prestígio e interesses carnais. Sem se aperceberem que os que fazem e praticam tais coisas não terão parte no Reino de Deus, ou seja, os tais, mostram que não são convertidos, mas pertencem à classe do joio, a ser queimado eternamente no inferno. “Ora, as obras da carne são conhecidas e são... inimizades,porfiasciúmesirasdiscórdiasdissensõesfacçõesinvejas... e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”. (Gl 5:19-21).
(5)       EM SUA CARNALIDADE DESOBEDECEM AO MANDAMENTO DO SENHOR DE TUDO FAZER POR HUMILDADE, SEM POLITICAGEM E VANGLÓRIA que trazem maldição e morte para igreja, mas, pela renúncia do eu e pelahumildade, fazer da igreja local um lugar de bênção e vida. “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2:3).à O próprio Paulo norteava seu ministério pela humildade, embora, se quisesse poderia se gloriar na carne, mas preferia se gloriar nas suas fraquezas e depender do Senhor e não de politicagem carnal. Ao invés de se achar o maior de todos, se declarava o menor de todos.  “Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus”. (I Co 15:9.  “Se tenho de gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza”. “De tal coisa me gloriarei; não, porém, de mim mesmo, salvo nas minhas fraquezas... Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”.(2 Co 11:30; 12:5,10 )

(6)       
GABAM-SE DE SUAS CONQUISTAS ARROGANTES E CARNAIS, MAS SUA RUÍNA SE APROXIMA. “Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade” (Pv 18:12).(7)   JUDAS DESCREVE E QUALIFICA ESTES CRENTES NOMINAIS QUE DESTROEM SUAS IGREJAS ATRAVÉS DE SUCESSIVAS DIVISÕES DE UM MODO INCONFUNDÍVEL:

- “
Dissimuladores” (hipócritas, fingidos), “homens ímpios” (não temem a Deus), “transformam em libertinagem a graça de Deus” (resistem aos princípios de santidade, embora digam com a boca, que crêem no Senhor Jesus Cristo, de fato, a sua vida nega o Senhorio e a Soberania de Cristo. (Jd 5)
- “
Sonhadores alucinados (vivem de fantasia e ilusões carnais), não só contaminam a carne, como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores” (por isso, não são pastoreáveis, pois, se consideram pastores de si mesmos). (Jd 9)

Não são ensináveis, em sua soberba acham que já sabem tudo. “Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razãoaté nessas coisas se corrompem”. (Jd 10)

- Judas alerta para 
ai de maldição sobre eles e os compara a Caim, que foi amaldiçoado por Deus e a Coré, que foi tragado vivo pelo abismo. (Jd 11)
- Judas diz que eles são 
insolentes em suas palavras (não respeitam ninguém), pois os chama de ímpios pecadores. (Jd 15)

Murmuradoresdescontentesandando segundo as suas paixõesA sua boca vive propalando grandes arrogânciasaduladores dos outrospor motivos interesseiros. (Jd 16).Escarnecedores do tempo do fim, homens cuja especialidade está em promover divisões sensuais ou carnais. Os escarnecedores são palha. Serão expulsos da congregação dos justos. (Jd 17-19; Sl 1:1-6)


III – BRINCANDO DE BONECAS COM AS IGREJAS.
Pelo que vimos acima, não vale a pena brincar de casinha de bonecas com as igrejas do Senhor. A igreja é coisa séria. Não é casa de bonecas, mas a casa do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade. A pérola de grande preço. A menina dos seus olhos. Deus não terá por inocente ou ignorante aquele que tratar levianamente a preciosíssima noiva de Cristo. Porém, parece que alguns líderes  Regulares não temem as maldições que pesam sobre os pervertedores e divisores carnais de igrejas.
Através do Brasil temos ouvido de líderes de igrejas que conduzem suas igrejas de divisão em divisão, de pastor em pastor. Vão brincando de chamar pastores, só para em seguida tornar a vida deles um inferno, de modo, que sem alternativa, se vêem obrigados a sair.

Esses líderes de belial não são apenas diáconos, mas há também pastores de belial que vão transformando o ministério da igreja de Cristo em uma brincadeira de casinha de bonecas. Vão mudando os papeis de pastor, diácono, de crente e até da igreja.



Antes de finalizar eu quero fazer UM APELO AOS AUTÊNTICOS LÍDERES CRISTÃOS DA IGREJA DO SENHOR. Aqueles que, embora pudessem se gloriar na carne, gloriam-se apenas nas suas fraquezas e no Senhor. Embora tenham muitos anos de experiência na obra do Senhor, alguns tenham curso superior e importantes profissões na vida secular, outros sejam ricos de recursos materiais, mesmo assim, não se aproveitam de suas condições materiais e seculares para brincar com a igreja do Senhor. Que como fiéis servos do Senhor, que continuem a cultivar a humildade e o temor do Senhor, que são distintivos dos verdadeiros crentes e servos do Senhor.

A igreja do Senhor Jesus Cristo não deve tolerar nem pastores de belial, nem diáconos de belial, nem qualquer crente de belial.

Vamos respeitar as coisas de Deus. Vamos ter mais temor a Deus
. Pois, se estamos brincando com as coisas de Deus, com certeza Deus não brincará conosco, quando descer em juízo e maldição sobre os filhos de belial que empestam as igrejas do Senhor neste tempo do fim.
Vamos buscar viver em santidade e humildade. Somente os humildes verão o Reino de Deus e somente os santos verão a Deus. As batalhas carnais não compensam. Batalhemos somente pela fé.  (Mt 5:3; Hb 12:14).

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A DEFORMA PROTESTANTE




Bom, muitas coisas na igreja moderna não estão certas e nós não temos nenhuma obrigação de fingir que estão. O que a igreja é hoje, não é o que deve ser. Não era pra ela ser um clube social, mas sim uma comunidade. Ela deve ser um lugar onde as pessoas podem achar aceitação no meio de uma vida difícil. É onde elas são desafiadas de ser mais do que são e no mesmo tempo quem eles são. É um lugar onde eles podem olhar para a pessoa ao seu lado e falar, “Vamos conseguir”. Isto é uma igreja. Não esse monstro, essa empresa eclesial que tem roubado a identidade do nosso Senhor.

Mas como chegamos aqui? Como nós chegamos a esse ponto de ver a igreja do Senhor tão desviada dos princípios fundamentais que ela nem parece com igreja mais.

Líderes.

A maioria dos problemas volta para os líderes. E sim, eu culpo os líderes. Deus culpou líderes. Jesus culpou líderes. Então, sim, eu culpo líderes. Eu me culpo.

Se a minha família se perde na estrada é a minha culpa, pois eu estou dirigindo o carro. E se a igreja se perde, o culpado é o cara no volante, o líder. Isso é o óbvio não falado, o elefante branco no meio da sala. Os líderes criando falsas doutrinas não é o único problema. Temos também o povo que segue eles. Um povo que não conhece as Escrituras e engole tudo que saí do púlpito.

A verdade é que o povo parou de pensar. Nós paramos de questionar. Nós começamos aceitar tudo que é falado como se fosse à verdade. Se saí do púlpito, então deve ser a verdade.

• “Se eu coloco meu pedido numa jarra de óleo, vou receber o que eu peço?”
• “Se eu falo com fé, vai acontecer?”
• “Deus vai me dar um dente de ouro?”
• “O Espírito Santo vai me fazer rir enquanto eu vivo pecando?”
• “Se eu dou R$10, Deus vai me dar $1.000?”
• “Se eu não dou 10%, Deus vai me amaldiçoar?”

Podemos gastar o dia inteiro aqui citando invenções de homens, mentiras, que saem dos púlpitos. O triste é que o povo paga para ouvir essas invenções sem bases bíblicas e assim a igreja se encontra num buraco bem fundo. Mas, se o povo conhece a verdade e resiste em não seguir uma mentira, a igreja não caí, pois não há perigo num falso mestre que não é seguido por ninguém. Se ninguém der ouvido a eles, nós evitamos o problema. Por isso nós temos que voltar a Palavra. Sola Escriptura.

Nossa verdade tem que ter a sua fonte na Bíblia e não nos púlpitos. Os púlpitos devem refletir o que lemos e vemos na Palavra de Deus. O problema é que nós temos sido negligentes em estudar a Palavra. Nós temos sido negligentes em cultivar um relacionamento verdadeiro com Deus. E hoje nós nos achamos aqui desesperadamente clamando por mudança, precisando mais do que nunca de uma reforma. Mas, o que faremos? Onde começamos?

Reforma começa conosco. Quer mudar a igreja? Mude você. E depois clame por sua liderança, se você não é o líder, pois as reformas sempre vieram por meio de líderes, pastores, professores, pessoas com uma voz e com certa influência. É muito difícil um leigo mudar uma igreja, ou um sistema religioso, especialmente se os líderes não acham nada de errado.

E hoje nós temos uma geração de Saul’s nos liderando; homens fazendo o que o povo quer, vivendo em prol de agradar o povo em vez de agradar a Deus.

1 Samuel 115.24; Eu pequei! - respondeu Saul. - Desobedeci às ordens de Deus, o SENHOR, e às instruções que você deu. Fiquei com medo do povo e fiz o que eles queriam.

• “Vocês querem entretenimento? Bom então. Vamos comprar o melhor equipamento que podemos: som, luzes, multimídia e pagar os músicos”.
• “Querem ser ricos? Bom então. Vamos criar doutrinas que te convença que Deus quer que você seja rico e te ensinar o que fazer para ser rico”.
• “Mulheres, não querem se submeter aos seus maridos ou a liderança masculina da igreja? Bom então. Vamos inventar cargos para vocês, pastoras, bispas, apóstolas”.

Se quisermos uma reforma, nós temos que orar. E talvez a oração hoje deva ser, “muda ou mata” . “Deus mude os líderes de hoje ou mata eles para que Davi, um homem segundo seu coração possa subir”.

Se o problema começou por meio de homens, também creio que Deus possa trazer a solução por meio de homens. Homens cheios do Espírito Santo e sabedoria. Homens que valorizam a Palavra de Deus e usa ela como a única fonte de verdade e autoridade na vida. Temos que orar por aqueles que ocupam os púlpitos, para que Deus aja no meio deles. Se não acontecer nenhuma reforma no púlpito, não terá nenhuma reforma nos bancos. Se não tem vida no púlpito, não terá vida nos bancos.

Queremos Reforma, mas como isso vai acontecer? Por meio de homens. E aqui nós vamos começar. A igreja brasileira é o que é por causa de quem está ocupando os lugares de líder. Tudo começa ali. As mentiras, as fraudes, as doutrinas e ensinos falsos, todos tem a sua fonte num líder. Então vamos analisar primeiro, o que está errado nos púlpitos hoje??? Por que estamos vivendo uma Deforma Protestante em vez de um Reforma?

Eu sei muito bem da briga que eu vou comprar hoje. Tenho pensado e segurado essa onda por um tempo já. Mas, chegou a hora da gente abordar a verdade e seja que for, vamos seguir ela.

A Reforma vem por meio de homens, não de mulheres. E aqui eu vejo um dos maiores erros na igreja moderna. Nós temos jogado a palavra de Deus fora para poder agradar mulheres que querem algo que não pertence a elas. Poder e autoridade. Me perdoe, mas esse mover de pastoras, bispas, apóstolas ou qualquer outro titulo dado a um homem que a mulher usurpou não é Bíblico! É anti-Bíblico. É um erro, uma heresia. E por favor, antes de me mandar os seus e-mails ou comentários sobre tal pastora sua que é uma benção, escute e pense bem, pois é uma heresia que está defendendo. Eu não estou falando que as mulheres não têm a capacidade de ensinar ou não tem idéias boas. Eu estou simplesmente argumentando o lado Bíblico, o lado estabelecido por Deus em relação de quem Deus ordenou para liderar a sua igreja. Então, por favor, seja paciente comigo enquanto eu tento apresentar o meu argumento em favor de uma reforma verdadeira na igreja brasileira.

Vamos primeiro considerar a Bíblia. Em dois lugares achamos uma lista de quem pode ser um pastor/ bispo/ líder na igreja:

1 Timóteo 3.12; Porém o líder deve ser um homem que ninguém possa culpar de nada, ter somente uma esposa.

Tito 1.6; Um líder deve viver uma vida da qual ninguém possa o acusar de nada. Deve ser fiel a sua esposa

Bom, eu sou gringo e português não é a minha língua natural, mas até eu consigo entender isso. “O líder deve ser um homem” e ele tem que ser ESPOSO, tendo somente uma esposa ou sendo fiel a sua esposa. Meus amigos, é incrível como nós conseguimos pegar algo tão nítido, tão simples e fazer uma ginástica teológica com ele para fazer o que queremos. As próprias qualificações dadas por Paulo a Timóteo e Tito já acabam com qualquer argumento para mulheres no papel de pastor. Ele tem que ser um homem e fiel a sua esposa. Uma mulher não pode ser um homem, nem um marido. Não é tão difícil entender isso. Mas, o que vemos hoje são mais e mais mulheres tomando algo que não pertence a elas. Nisso podemos agradecer o feminismo ou o próprio pecado que faz a mulher não querer se submeter. Mas, de qualquer jeito, é errado.

Se nós começamos na igreja já quebrando os princípios de quem pode liderar, o que esperamos? Se Deus fala para não colocar uma mulher na posição de líder e nós decidimos que sabemos mais do que Ele e quebramos uma ordem direta Dele, o que esperamos? O milagre é que Deus ainda não fulminou todos nós.


E para ser sincero, até hoje eu não conheci nenhuma pastora em todos os lugares que fui que não me deu desculpas por estar ocupando a posição de pastora. Desculpas que eu não pedi, pois não falei nada. A verdade é que cada uma delas sabem que estão erradas; algo acusa dentro delas e por isso eu sempre ouço, “Estou orando para Deus levantar um homem para liderar”. Como se isso fosse uma desculpa para continuar no erro. “Estou orando para Deus me dar um marido para que eu possa parar de transar com meu namorado”. Não faz muito sentido. E ainda que não me dessem desculpas, se ela tem uma Bíblia e o Espírito Santo na vida dela, ela sabe. Deus não está confuso e a sua Palavra não contraria a Ele mesmo.

O líder deve ser um homem e fiel a sua esposa.

Outra coisa: a palavra “pastor” é masculina. “Pastora” é uma invenção moderna que não existe na bíblia. Pode procurar o tanto que quiser, mas não vai achar a palavra “pastora” em nenhum lugar na Bíblia ou uma mulher exercendo a autoridade de pastor, nem bispo, nem apóstolo. E você não vai achar na Bíblia nenhuma esposa de pastor ganhando um titulo por estar casado com ele. Não existe o titulo de pastora. É ridículo como todo mundo procura títulos hoje. Mas sendo casada com um pastor não faz a mulher pastora assim como uma mulher casada com um professor não recebe o título de professora. Mas no meio de toda essa bagunça, deixe me enfatizar algo, a pergunta não é se uma mulher tem o valor igual ao do homem ou se pode ministrar efetivamente. A pergunta continua sendo, “Para a mulher é permitida exercer a função de pastor?” É bíblico?

Nisso temos três coisas para observar:
• Não sabemos de nenhuma pastora na época do Novo Testamento.
• Nenhuma das instruções em relação da ordem na igreja inclui instruções para pastoras.
• Uns dos textos falando de ordem na igreja proíbem mulheres de ocupar aquele lugar.

“Eu não permito que as mulheres ensinem aos homens ou tenham autoridade sobre eles.” (1 Timóteo 2.12).

Paulo não tem uma expectativa que uma mulher não pode ou nem vai ensinar.

Tito 2.3-5; Igualmente, ensine as mulheres mais velhas, a viverem de maneira que honre a Deus. Elas não devem ficar falando mal dos outros, nem serem escravas da bebida, mas ensinem o que é bom, para que as mulheres mais jovens amem seus maridos e seus filhos, e sejam equilibradas, puras, boas donas de casa, fazendo o bem, e sendo submissas aos seus maridos

2 Timóteo 1.5, 3.14-15; Me lembro da sua fé sincera, a mesma fé que esteve primeiramente em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice e tenho certeza que a mesma fé também continua em você.... Mas continue firme no que aprendeu e foi convencido que é verdade, conhecendo quem o ensinou. Você tem sido ensinado nas santas Escrituras desde que era uma criança, e elas podem fazer você sábio para receber a salvação por meio da fé em Cristo Jesus.

O que ele fala de de maneira bem clara e fácil de entender é que a mulher não pode ensinar ou ter autoridade sobre homens. Assim, não pode ter ou trabalhar na posição de pastor, pois isso as colocaria em autoridade sobre homens. De novo, é muito difícil confundir essas palavras. Sim, eu sei, já ouvi, era cultural. Ou assim as pessoas tentam me convencer de por que podemos quebrar uma ordem tão claramente escrita na palavra de Deus. Mas, vamos nessa, vamos matar o gigante de meio metro, jogando uma pedrinha dizendo, “Não é ou era cultural”. 

Paulo fala em 1 Timóteo 2.12, “Eu não permito que as mulheres ensinem aos homens ou tenham autoridade sobre eles.” Mas, por quê? Por que era da cultura deles, por que as mulheres gritavam durante os cultos interrompendo, ou talvez por que as mulheres não tinham ido para o seminário? Nenhuma dessas razões tem base na Bíblia. São invenções de homens e mulheres querendo abrir uma porta que Deus mesmo fechou. Onde que a Bíblia fala de cultura em relação de uma mulher liderando na igreja? Onde fala dessa história delas interrompendo as reuniões? Onde fala que era porque elas não eram educadas, pois Paulo não fala nada de estudos e isso teria desqualificado a maioria dos discípulos de Jesus, pois naquela época não tinham nenhum treinamento especial para quem seria líder.

Mas, por que então? Por que as mulheres não podem ser pastor? E Paulo nos responde no próximo versículo.

1 Timóteo 2.13; Pois Deus fez Adão primeiro, e depois ele fez Eva.

Paulo não fala nada de cultura, mas ele cita a ordem da criação; “Pois Deus fez Adão primeiro, e depois ele fez Eva.” Você entendeu? Quem é o líder na igreja é uma questão de ordem, hierarquia, determinado por Deus desde a criação. Deus criou o homem para liderar e a mulher para seguir e ajudar. E assim Paulo continua dando mais razões não culturais.

1 Timóteo 2.14; E não foi Adão que foi enganado pela serpente. A mulher foi enganada e pecado foi o resultado.

Adão foi criado primeiro dando ele primazia na criação, autoridade para reinar e liderar e, ainda mais, não foi ele que foi enganado pela serpente resultando em pecado. Meu amigo, isso não tem nada a ver com cultura, ou ensino, é algo histórico. Algo que desde o princípio, desde a criação existe. O homem é o líder não a mulher. E Deus fez questão quando estava formando a sua igreja primitiva de proibir uma mulher tomar o lugar do homem. “Eu não permito que as mulheres ensinem aos homens ou tenham autoridade sobre eles”.

Isso deve parecer muito louco a uma igreja desviada, mas a palavra não muda e na verdade isso não deve ser algo a discutir. O que eu não entendo é a necessidade de mulheres querendo ser homens ou ocupar o lugar dos homens. Isso começa no lugar do emprego e invade a hierarquia da igreja. As mulheres querem mandar no mundo hoje. Isso é a simples verdade. Mas Deus não as criou para serem as donas da bola, mas companheiras, parceiras dos donos. E, de novo, Paulo tem algo a dizer em vez de deixar o papel da mulher em branco.

1 Timóteo 2.15; Mas as mulheres ao invés de se preocupar com o ensino, devem preocupar com o papel dado por Deus de ser mãe, e se continuarem vivendo em fé, amor, santidade, e sendo modestas, serão salvas.

Na verdade eu acho tudo isso muito triste hoje. As mulheres não querem mais ser mulheres, mas homens, e em vez de mães, patroas. É triste mesmo e quem sofre são as famílias ausentes de pais trabalhando e mulheres trabalhando. Não estou falando que não existem exceções, mas não se devem tornar essas exceções em regras. Na questão de pastora, é um princípio quebrado e não uma questão de exceção. A mulher que toma algo por ela que Deus proíbe não é uma exceção, mas um erro, uma desobediência, e quem sofre é a igreja.

Eu vejo que realmente o papel da mulher hoje na igreja e na família é algo muito desprezado. Ninguém olha com bons olhos para a esposa do pastor servindo em silêncio ou a mãe que opta por viver sem alguns confortos na vida para poder ficar em casa e criar seus filhos. Infelizmente isto é algo banalizado até na própria igreja. É errado de como nós não honramos as mães, as donas de casa. Eu fico triste em pensar como a sociedade sorri delas; eu choro em pensar como a igreja despreza elas. Mas elas estão certas ainda estando na minoria.

Deus criou a mulher perfeitamente para fazer o seu papel de esposa e mãe; de dar suporte, mas de liderar não cabe ao chamado dela. E isso nos leva a perguntar: “E se uma mulher se sente chamada?” Creio mesmo que tem mulheres que sintam chamados a serem pastoras e bispas e apóstolas. E baseado no que eu tenho ouvido sendo pregado nos púlpitos, eu nem duvido que muitas mulheres são mais capazes de ensinar e pregar melhor do que os próprios homens. Mas, essa não é questão. A questão é, “É Bíblico?” E a resposta é NÃO; fim da história. E se uma mulher sente chamada, não é Deus chamando, pois a vocação de pastor é tanto espiritual como Bíblica. O mesmo Espírito que chama também escreveu a Bíblia. E não tem como o Espírito chamar alguém para fazer o que a Bíblia proíbe. O Espírito nunca se contradiz.

Eu entendo bem que essa posição não é muito popular hoje em dia, mas é Bíblico e isso é a única coisa que eu quero saber. E enquanto nós brigamos por direitos que não existem na Bíblia e defendemos práticas anti-Bíblicas encontradas nas nossas igrejas, o fim não pode ser benção. Não tem como semear erro e pensar que vai dar em algo de valor. Não vai.

Se a igreja tem esperança de não ser totalmente abandonada pelo Espírito de Deus que se ofende a cada dia com as estruturas anti-Bíblicas, temos que voltar aos seus princípios e começar na liderança e isso vai incluir tirar aquelas em lugares que não devem estar.

Me fala, o que é pior, ofender pessoas que estão em lugares errados ou ofender Deus que fala que estão em lugares errados deixando elas lá?

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O dízimo do Velho Testamento, versus o dadivar do Novo Testamento


Introdução
A idéia de que todo crente é obrigado a dizimar (dar 10% da sua renda para a obra do Senhor) é largamente difundida nas igrejas evangélicas de hoje.  Já bem cedo na vida espiritual, praticamente todo crente é ensinado que tem que dizimar. Algumas igrejas crêem tão fortemente em dizimar que seus membros regularmente recitam o Credo do Dizimista -- "O dízimo é do Senhor. Em a verdade, o aprendemos. Em a fé, o cremos. Em a alegria, o damos. O dízimo!"  Outros [muitos] pregadores têm clamado que qualquer crente que não dá o dízimo para o trabalho do Senhor está roubando Deus e está sob maldição, de acordo com Malaquias 3:8-10.
Neste livrinho, examinaremos o que a [própria] Bíblia ensina sobre o assunto do dízimo, sendo nosso propósito entendermos [somente pela Bíblia]  qual a [real] relevância que o dízimo tem para os crentes no Senhor Jesus Cristo, vivendo sob o Novo Pacto. Faremos isto examinando o que a [própria] Bíblia tem a dizer sobre o dízimo: 1) antes da Lei ser dada; 2) sob a Lei Mosaica; 3) nas Escrituras do Novo Testamento. [0]
1 - O dízimo, antes da Lei
Há duas passagens Bíblicas que falam de um dízimo sendo dado antes que a Lei fosse instituída no Sinai. As passagens envolvem Abraão e Jacó, dois dos patriarcas de Israel.
Gênesis 14:17-20: "E o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) até ao Vale de Savé, que é o vale do rei. 18 E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. 19 E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; 20 E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. [Todas as citações são da Almeida Corrigida Fiel]"
Nesta passagem, somos ditos que Abraão deu um dízimo a Melquisedeque, presumivelmente como uma expressão de gratidão a Deus por capacitar-lhe e conceder-lhe resgatar seu sobrinho Ló, que tinha sido levado cativo. Aqueles que crêem que o dízimo é mandatório para os crentes do Novo Testamento argumentam que, uma vez que o dízimo foi praticado antes que a Lei Mosaica fosse dada, ele forçosamente também tem que ser praticado depois da Lei Mosaica (que tem sido feita obsoleta pelo estabelecimento do Novo Pacto, através do sacrifício de Cristo) (He 8:13). No entanto, antes que cheguemos a qualquer decisão dura e apressada,  olhemos de mais perto o texto [acima] e façamos algumas observações pertinentes.
- Não há nenhuma evidência neste texto de que dizimar foi ordenado por Deus. De fato, tudo no texto nos leva a crer que dar o dízimo foi, completamente, uma decisão e [livre] escolha de Abraão. Como tal, foi completamente voluntária. Como veremos pouco depois em nosso estudo, o dízimo, na Lei, de modo algum era voluntário, mas sim obrigatório a todo o povo de Deus.
- Ademais, este é o único dízimo que as Escrituras mencionam que Abraão deu [em toda a sua vida]. Não temos nenhuma evidência de que dizimar era sua prática geral [habitual, constante].
- Ainda mais, este dízimo proveio do despojo da vitória que Abraão adquiriu por poderio militar. Como notaremos depois em nosso estudo, o dízimo exigido sob a Lei Mosaica era sobre o lucro da colheita, dos frutos e dos rebanhos, e para ser dado em uma base anual -- não o despojo de uma vitória militar!
Gênesis 28:20-22: Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; 21 E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; 22 E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.
Jacó, nesta passagem, está fazendo um voto em resposta a uma visitação que recebeu de Deus, em um sonho. Neste sonho, Jacó viu uma escada alcançando o céu, com os anjos de Deus subindo e descendo por ela. No sonho, Deus estava de pé, acima da escada, e disse a Jacó "... Eu sou o SENHOR Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; 14 E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra; 15 E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado."  (v. 13-15). Em resposta, Jacó fez o voto que, se Deus guardasse Sua promessa, ele, por sua vez, daria a Deus um dízimo. Novamente, em semelhança ao exemplo de Abraão, parece que este dízimo foi voluntário da parte de Jacó. Se ele de fato começou a dizimar [a Bíblia não o registra] depois que Deus cumpriu a promessa que lhe fez, Jacó ainda adiou o dizimar por 20 anos! [até depois da volta a Canaã.]
Estes dois são os únicos exemplos de dizimar que podem ser encontrados no Velho Testamento antes da Lei ser dada. Ambos são exemplos de algo voluntário, e nenhum desses dois dizimos foi pedido por Deus. Em nenhum dos personagens [Abraão e Jacó, que deram estes dois dízimos,] vemos um exemplo de dizimar como uma prática geral [habitual, constante] das suas vidas. De fato, na vida de Abraão, parece que temos um dízimo como algo que ele só deu uma única vez em sua vida, e foi [um dízimo] dos despojos de uma vitória militar, dado a um sacerdote de Deus [1]. Se nossa única evidência para obrigar crentes sob o Novo Pacto a dizimarem se apóia nestas duas passagens de Gênesis, parece-me que estamos nos apoiando em um fundamento muitíssimo inseguro!
2 - Dizimando, sob a Lei Mosaica
Que ensina a Bíblia sobre o dízimo sob a Lei Mosaica? Nesta seção do nosso estudo, examinaremos todas as passagens significantes que descrevam o dízimo sob a Lei, nas Escrituras.
Levítico 27:30-33: "Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR. 31 Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. 32 No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR. 33 Não se investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se de alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão resgatados."
Note que, nesta passagem, o dízimo é descrito como sendo parte do produto da terra, da semente do campo, do fruto das árvores, do gado, e do rebanho. O dízimo não era o dar dinheiro. Em local algum das Escrituras você encontrará que dizimar era o dar dinheiro para Deus. Ademais, o dízimo era provavelmente dado em uma base anual. Cada ano, depois que a terra tinha sido colhida, as pessoas traziam para os sacerdotes as décimas partes de suas colheitas e do aumento na manada e no rebanho [2]. Daí, penso que podemos imediatamente ver que nossa contribuição  semanal (ou mensal) de dez por cento de nossa renda monetária difere muito da prática do dízimo que encontramos na Bíblia.
Números 18:21-24 ["O Dízimo para os Levitas"]: E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação. 22 E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram. 23 Mas os levitas executarão o ministério da tenda da congregação, e eles levarão sobre si a sua iniqüidade; pelas vossas gerações estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão, 24 Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão”. 
Note, neste texto, que o dízimo foi planejado para ser o sustento dos levitas. Uma vez que estes não tinham nenhuma herança [terra para atividade agro-pastoril] na Terra Prometida, tal como a tinham as outras tribos, Deus fez provisão para o sustento deles através do dízimo das outras famílias de Israel. De fato, em Números 18:31 somos ditos "E o comereis em todo o lugar, vós e as vossas famílias, porque vosso galardão é pelo vosso ministério na tenda da congregação." O dízimo foi o pagamento- recompensa que Deus supriu para os levitas, pelos seus serviços sacerdotais. Isto é similar ao sustento que os funcionários do governo recebem hoje no nosso país, através dos impostos e taxas pagos pelo trabalhador comum.
Deuteronômio 14:22-27 ["O Dízimo para o Festival"]: Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente, que cada ano se recolher do campo. 23 E, perante o SENHOR teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer ao SENHOR teu Deus todos os dias. 24 Equando o caminho te for tão comprido que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que escolher o SENHOR teu Deus para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR teu Deus te tiver abençoado; 25 Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o SENHOR teu Deus; 26 E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte, e por tudo o que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR teu Deus, e alegra-te, tu e a tua casa; 27 Porém não desampararás o levita que está dentro das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo”. 
Este texto fala de um dízimo sendo usado para prover as festas e festivais religiosos de Israel. Números 18:21 nos diz que Deus deu todo o dízimo em Israel para ser a herança para os Levitas. Se todo o dízimo foi dado aos Levitas, então como é que este dízimo (em Dt 14) é dito para ser usado para as festas e festivais religiosos de Israel? A resposta tem que ser que este é um segundo dízimo. O primeiro era usado para o sustento dos Levitas e o segundo para prover para os festivais religiosos, tanto assim que chegou a ser referido como "O  Dízimo para o Festival". O povo de Israel devia usar este dízimo para comer na presença do Senhor, em Jerusalém (o local que Ele escolheu para estabelecer seu nome). Se fosse demasiadamente incômodo para as pessoas de longe trazerem seus dízimos todo o caminho até Jerusalém, seria permitido que elas o vendessem  e trouxessem o dinheiro [apurado] até Jerusalém, onde poderiam comprar aquilo de necessidade para os festivais. Deus expressamente encoraja as pessoas a gastarem o dinheiro deles em "tudo o que deseja a tua alma," incluindo bebida forte! ! [3] O propósito era que o povo de Israel  pudesse  aprender [ambas as coisas:] a temer o Senhor e a regozijar ante Ele. Note que ter um sentimento de temor do Senhor, e regozijar ante Ele, não são mutuamente exclusivos, mas, na realidade, são complementares, deveriam  acompanhar um ao outro! Este "Dízimo Para o Festival"  tornou possível ao povo de Israel ter toda a comida e bebida necessárias para que  pudesse usufruir prazerosamente das festas religiosas de Israel, e adorar ante o Senhor.
Deuteronômio 14:28-29 ["O Dízimo para os Pobres"]: Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás dentro das tuas portas; 29 Então virá o levita (pois nem parte nem herança tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão; para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra que as tuas mãos fizerem”.
Aqui, somos ensinados a respeito de um terceiro dízimo que é coletado a cada terceiro ano. Os comentaristas Bíblicos estão divididos quanto a se este é realmente um terceiro dízimo, em separado, ou apenas é o segundo dízimo usado de um modo diferente, no terceiro ano. O historiador judeu Josephus apóia o ponto de vista de que este foi um terceiro dízimo, em separado. Outros antigos comentaristas judeus têm escrito em apoio a que é [apenas] o segundo [tipo de] dízimo que, a cada três anos, era coletado e usado com outro fim. É impossível se determinar com absoluta certeza quem está certo. De qualquer modo, o povo judeu tinha sido ordenado a dar pelo menos [10 + 10  =] 20 por cento das suas colheitas e rebanhos, e talvez tanto quanto  [10 + 10 + 10/3] = 23.3 por cento! Este dízimo particular bem poderia ser chamado "O Dízimo para os Pobres". Não devia ser ajuntado em Jerusalém, mas nas aldeias. As pessoas de cada aldeia deviam trazer uma décima parte de suas colheitas e rebanhos e ajuntar tudo, para prover os pobres da aldeia, incluindo os estrangeiros, os órfãos, e as viúvas.
Em muitos aspectos, parece que o dízimo exigido sob a Lei é hoje similar à taxação que o  governo impõe sobre nós. Israel era governado por uma teocracia. Sob ela, o povo era responsável por prover para os trabalhadores do governo (os sacerdotes e os levitas em geral), para os dias santificados (festas de alegria ao Senhor), e para os pobres (estrangeiros, viúvas e órfãos).
Neemias 12:44: “Também no mesmo dia se nomearam homens sobre as câmaras, dos tesouros, das ofertas alçadas, das primícias, dos dízimos, para ajuntarem nelas, dos campos das cidades, as partes da lei para os sacerdotes e para os levitas;” porque Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos levitas que assistiam ali. Note que o texto diz que os dízimos eram exigências "da Lei".
Estes dízimos não eram voluntários como o foi nas vidas de Abraão e Jacó. Similarmente, lemos em Hebreus 7:5 "os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão." [Indiscutivelmente] o dízimo nunca foi voluntário, sob a Lei de Moisés. Note, aqui, que, nos dias de Neemias, homens eram indicados para ajuntarem as ofertas e os dízimos em câmaras designadas para aquele propósito particular. Estas câmaras eram para os bens armazenados, e depois se tornaram conhecidas como "casas do tesouro". Isto se tornará importante quando olharmos para o nosso próximo texto, em Malaquias 3.
Malaquias 3:8-12: “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. 9 Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. 10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. 11 E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos”.
 Examinemos esta passagem verso por verso, para que dela possamos extrair algumas importantes verdades.
3:8 Este verso nos diz que quando um homem retém seus dízimos ele está roubando, na realidade, a Deus. Isto porque ele está retendo algo que não lhe pertence, antes é propriedade de Deus. [4]  Sob o Velho Pacto, o dízimo era mandatório, portanto retê-lo era se tornar um ladrão. Note também que Deus diz que o povo o estava roubando em dízimoS. Ele não disse no "dízimo", mas sim nos "dízimoS" (plural). Estes "dízimos"  têm que se referir aos diferentes dízimos requeridos do povo de Deus (o Dízimo para o Levita, o Dízimo para as Festas ao Senhor, e o Dízimo para os Pobres). Adicionalmente, observe que Deus não está condenando o reter apenas dos dízimos, mas também das ofertas. Estas, sem dúvida, referem-se às ofertas especificadas em Levíticos 1-5, tais como a oferta queimada [holocausto], a oferta dos manjares, a oferta de paz, a oferta pelos pecados, e a oferta pelas culpas. Todas estas ofertas eram constituídas, principalmente, de sacrifícios de animais. O suprimento de comida e mantimento para os Levitas era provido, em grande parte, através destes sacrifícios de animais, dos quais os Levitas eram permitidos participar [comendo-os], em certos casos. Uma importante pergunta emerge a este ponto. Por que é que reconhecemos que o sacrifício de animais não é coisa para o Novo Pacto, mas dizemos que o dízimo o é? Se estivéssemos sob a obrigação de pagar dízimos hoje, então, certamente, ainda estaríamos obrigados a oferecer sacrifícios de animais. Deus amarrou um ao outro (os dízimos e os sacrifícios), e disse que Seu povo O estava roubando por reter a ambos. Não podemos decidir "pegar e escolher" qual dos dois ofereceremos a Deus, hoje. Das duas uma: [a] estamos sob a obrigação de oferecer ambos, tanto dízimos como ofertas de animais (sacrifícios), ou [b] ambos [dízimo e sacrifício] têm sido abolidos pela ab-rogação da Lei Mosaica.
3:9 Aqui, somos ditos que, como o povo de Israel estava retendo os dízimos e ofertas, conseqüentemente estava amaldiçoado com uma maldição. Note que o verso não diz "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda a humanidade." Ao contrário, diz "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação." Se dizimar fosse um mandamento moral e eterno para todos os povos de todos os tempos, então todos estes estariam sob maldição. Mas nosso texto somente diz que é toda nação de Israel que estava sob a maldição. Agora, o que é interessante sobre esta "maldição" é que, em Deuteronômio 28, somos ditos que se Israel, sob a Lei Judaica, desobedecesse os mandamentos de Deus, então a nação seria amaldiçoada. Note os seguintes textos: Deuteronômio 28:18 "Maldito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e as crias das tuas vacas, e das tuas ovelhas. 23 E os teus céus, que estão sobre a cabeça, serão de bronze; e a terra que está debaixo de ti, será de ferro. 24 O SENHOR dará por chuva sobre a tua terra, pó e poeira; dos céus descerá sobre ti, até que pereças. 38 Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá. 39 Plantarás vinhas, e cultivarás; porém não beberás vinho, nem colherás as uvas; porque o bicho as colherá. 40 Em todos os termos terás oliveiras; porém não te ungirás com azeite; porque a azeitona cairá da tua oliveira. E todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído; porquanto não ouviste à voz do SENHOR teu Deus, para guardares os seus mandamentos, e os seus estatutos, que te tem ordenado;"(Dt 28:18, 23-24, 38-40, 45). Nestes versos, Deus adverte que, se o Seu povo desobedecesse os Seus mandamentos e estatutos, então as ceifas dele falhariam, as chuvas não viriam, as colheitas seriam pequenas, a locusta [tipo de grilos ou gafanhotos] consumiria a comida, e o fruto das árvores falharia.
3:10 Nesta passagem, Deus fala da "casa do tesouro". Com base em Neemias 12:44, sabemos que isto se refere às câmaras no Templo, postas à parte e designadas para guardar os dízimos dados pelo povo para o sustento dos sacerdotes [e a todos os demais levitas]. Não existe sequer um fiapo de evidência de que devemos associar estas "casas do tesouro"  aos prédios das igrejas para os quais os crentes do Novo Pacto devem trazer seus dinheiros. Ademais, a razão pela qual Israel devia trazer todos os dízimos para dentro da casa do tesouro era que houvesse [bastante] alimento na casa de Deus. Deus estava interessado em que os levitas tivessem comida para comer. Este era o propósito daqueles dízimos que eram trazidos para o Templo de Deus. Somos ditos, também, que se o povo de Deus fosse fiel em trazer seus dízimos para a casa do tesouro, Deus abriria as janelas do céu e derramaria para eles uma bênção até que transbordasse. Isto sem dúvidas refere-se à promessa de Deus de trazer abundantes chuvas para produzir a bênção de uma transbordante ceifa.
3:11 Neste verso, Deus promete que se Israel trouxer os dízimoS [e as ofertaS], Ele repreenderá o devorador para que não destrua o fruto da terra. Sem dúvidas, o "devorador" é uma referência às locustas que Deus adverte que virão sobre os campos de Israel se o povo falhar em trazer o dízimo (Dt 28:38; vide acima). 
3:12 Neste verso, Deus graciosamente promete que, se Israel for obediente no dar os seus dízimoS e ofertaS, todas as nações a chamarão abençoada. É interessante que Deus não apenas advertiu Israel de que seria amaldiçoada se desobedecesse a Lei Mosaica, mas também prometeu que seria abençoada se a obedecesse. Note estes textos, "1 ¶ E será que, se ouvires a voz do SENHOR teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o SENHOR teu Deus te exaltará sobre todas as nações da terra. 2 todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do SENHOR teu Deus;”(Dt 28:1-2). 4 Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais; e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas. 8 O SENHOR mandará que a bênção [esteja] contigo nos teus celeiros, e em tudo o que puseres a tua mão; e te abençoará na terra que te der o SENHOR teu Deus. 11 E o SENHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, e no fruto dos teus animais, e no fruto do teu solo, sobre a terra que o SENHOR jurou a teus pais te dar. 12 O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas nações, porém tu não tomarás emprestado." (Dt 28:1-2, 4, 8, 11-12). Aqui, Deus prometeu abençoar Israel materialmente, se ela fosse obediente. A promessa inclui abundantes colheitas, copiosas chuvas, e grandes aumentos nas manadas e nos rebanhos.
Portanto, é minha convicção que as bênçãos e maldições escritas em Malaquias 3:8-12 referem-se às bênçãos materiais que Deus prometeu a Israel, se ela obedecesse seus mandamentos e estatutos. Dizimar foi um destes mandamentos.
Portanto, que podemos concluir sobre o dízimo, sob a Lei Mosaica? Penso que, com segurança, podemos concluir que o dízimo não tinha nada a ver com o dar dinheiro regularmente, numa base semanal ou mensal, mas, ao contrário, tinha a ver com a adoração a Deus conforme ordenada no tempo do Velho Pacto. O mandamento para dizimar, tal como os mandamentos para não comer camarão nem ostras, tornou-se obsoleto e foi colocado de lado, pela inauguração do Novo Pacto, na morte de Cristo. O dízimo foi o sistema de impostos e taxas ordenado por Deus sob o sistema teocrático do Velho Testamento.
Se alguém deseja dizimar realmente [literalmente] de acordo com as Escrituras, teria que fazer o seguinte:
1) Deixar seu trabalho e comprar uma terrinha, de modo que possa criar seu gado e plantar e colher [grãos, verduras e frutas].
2) Encontrar algum descendente de Leví, para sustentá-lo [e este a um descendente do levita Arão (que realmente seja sacerdote, no Templo, em Jerusalém)].
3) Usar suas colheitas para observar as festas religiosos do Velho Testamento (tais como Páscoa, Pães Asmos, Pentecostes, Tabernáculos) [quando, como e onde Deus ordenou. Literalmente];
 4) Começar por dar pelo menos 20 por cento de todas as suas colheitas e rebanhos a Deus; e
5) Esperar que [com toda certeza] Deus amaldiçoe sua nação [em oposição ao próprio crente] com [grande] insuficiência material, se ela for infiel, ou a abençoe com [grande] abundância material, se for fiel.
Penso que todos nós concluiríamos que isto é completamente absurdo! Todos reconhecemos que Cristo tem abolido o sacerdócio levítico, os sacrifícios de animais, e as festas religiosas, em Cristo. Bem, se isto é verdade, por que estamos tentando segurar [i.é  manter] o dízimo, que foi parte e parcela de todas essas ordenanças do Velho Testamento?
3 - Dizimando, no Novo Testamento
A coisa mais interessante sobre o conceito de dizimar, debaixo do Novo Testamento, é que é quase que virtualmente ausente. No NT há [somente] quatro diferentes passagens  que fazem alguma menção ao dízimo. [Examinemo-las.]
Mateus 23:23: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas."
Esta passagem em Mateus é também repetida de uma forma similar em Lc 11:42. Em ambos os casos é importante notar que o dízimo tinha a ver com ervas que serviam de condimentos e eram cultivadas no quintal (o produto do campo), ao invés de ter a ver com dinheiro. Adicionalmente, Jesus falou estas palavras aos fariseus, que eram muito religiosos e guardadores da Lei, e o fez enquanto a Lei ainda estava em vigor. Dizer que, uma vez que Jesus falou a estes fariseus que deviam dizimar, isto força que também nós devemos dizimar, ignora o fato que aqueles fariseus viviam sob pacto e leis diferentes daqueles de um salvo do Novo Testamento. Cristo, através da sua morte, inaugurou o Novo Pacto, assim efetivando uma mudança na Lei (Lc 22:20; He 7:12) [Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós. (Lucas 22:20) Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. (Hebreus 7:12)]. Finalmente, notemos que o dízimo aqui mencionado não foi voluntário em nenhum sentido da palavra. Jesus lhes diz que "deveis" [tendes o dever de] dizimar. [O dízimo] era mandamento, ordem para todos os judeus e, assim, era obrigatório.
Lucas 18:12: "Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo."
Jesus, nesta passagem, está ensinando a parábola acerca do fariseu e do cobrador de impostos. Cristo põe estas palavras na boca do fariseu que se via a si mesmo como justo: "dou os dízimos de tudo quanto possuo." Cristo está enfatizando [não o dever do crente neo-testamentário pagar o dízimo mosaico aos levitas, mas] que o homem se vê a si mesmo como justo, confia em suas obras para ser aceitável ante Deus, todavia, a despeito do melhor que faça, não é justificado ao olhos de Deus. Repetimos: Cristo está falando acerca de um fariseu que dá o dízimo, ao tempo em que vivia sob a Lei Mosaica, não de um crente [da Dispensação da Igreja] dizimando sob o Novo Pacto.
Hebreus 7:1-10: "1 ¶ Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; 2 A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; 3 Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. 4 Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu os dízimos dos despojos. 5 E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão. 6 Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. 7 Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. 8 E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. 9 E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos. 10 Porque ainda ele estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro."
Nesta longa passagem, o objetivo do autor é mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o sacerdócio levítico e, portanto, exortar seus leitores para não retornarem às suas formas judaicas de adorar, repletas com seus sacerdócio, Templo e sacrifícios. O autor menciona o relato de Abraão pagando dízimos a Melquisedeque, [somente para o autor] mostrar que, desde que Levi estava nos lombos do patriarca Abraão, na realidade Levi pagou dízimos a Melquisedeque e foi abençoado por ele. Uma vez que é óbvio que o menor é sempre abençoado pelo maior, Melquisedeque e seu sacerdócio são maiores que os levitas e o sacerdócio deles. Aqui, o autor de Hebreus não está mais que reafirmando o fato que Abraão pagou dízimos a Melquisedeque, um fato que já temos analisado [acima]. Esta passagem não está exortando os crentes [neo testamentários] a darem [o dízimo] como Abraão o fez [mesmo que só do despojo de guerra e só uma vez na vida]. Ao contrário, está instruindo os crentes a perceberem a excelência de Cristo, o qual ministra como um sacerdote muitíssimo superior aos levitas. Portanto, esta passagem não pode ser usada para forçar o dízimo sobre os cristãos. Simplesmente, ela não foi escrita para tratar deste assunto. Ela não tem nada a ver com cristãos dadivando das suas rendas para Deus e sua obra, mas, ao contrário, tem tudo a ver com a superioridade de Cristo.
Bem, aí você tem a totalidade do ensino do Novo Testamento sobre o dízimo. Não há nem sequer uma, uma só palavra em todo o Novo Testamento que ordene ou mesmo sugira que se espera que crentes, dentro do Novo Pacto, dizimem. Mas, enquanto o Novo Testamento fica em total silêncio sobre o dever dos cristãos dizimarem, não o fica sobre o assunto de dadivar, sobre isto o NT fala muito e muito alto.
O Novo Testamento nunca estipula um certo valor percentual como um padrão obrigatório e exigido para nossas contribuições. Ao contrário, as Escrituras declaram: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria." (2Cor 9:7). O dízimo do Velho Testamento foi exigência legal. Os judeus estavam sob obrigação de dá-lo. O ensino do Novo Testamento sobre o contribuir focaliza o seu caráter voluntário "Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente." (2Co 8:3). Esta contribuição voluntária é exatamente o que Abraão e Jacó estavam praticando antes da instituição da Lei, e é o que todos os cristãos devem estar praticando hoje. Os crentes de hoje têm a liberdade de dadivar tanto quanto decidam. Se quiserem dar dez por cento como Abraão e Jacó o fizeram [já vimos a ocasião e através de quem o fizeram], eles estão perfeitamente livres para tal. No entanto, se decidirem dar 9 por cento ou 11 por cento ou 20 por cento ou 50 por cento, então podem muito bem fazê-lo. O padrão de suas contribuições não é uma percentagem fixa, mas o exemplo de um maravilhoso Salvador  -- "Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis." (2Co 8:9). Nosso [exemplo-] padrão de contribuir é o próprio Cristo, o qual não deu 10 por cento nem 20 por cento nem mesmo 50 por cento, mas 100 por cento! Ele deu tudo que tinha, inclusive sua própria vida, para redimir homens e mulheres pecadores como eu e como você!
Algumas vezes aqueles que são ricos sentem que, se pagarem apenas seus dez por cento, Deus estará alegre com eles. No entanto, um rico que dá [apenas] dez por cento de seus rendimentos pode na verdade desagradar a Deus, se estiver vivendo uma vida de luxo extravagante enquanto dá [talvez mesmo de má vontade] uma mera "ração de fome" para a obra de Deus e para as necessidades dos outros. A vontade de Deus em relação a este homem pode ser que dadive de 50 a 80 por cento de seus rendimentos, ao invés de 10 por cento. Cada pessoa deve buscar a Deus sobre o [quanto e o] como ela deve dadivar.
Ademais, aqueles que são pobres não devem se sentir culpados se não forem capazes de dar dez por cento de seus rendimentos. É verdade que Deus honrará o homem que dá sacrificialmente, mas se uma pessoa decide que não pode dar dez por cento dos seus rendimentos e ainda assim satisfazer as necessidades mais básicas [suas e de sua família], nós temos que permiti-lo aquela liberdade, sem julgá-lo. Afinal, em lugar nenhum Deus falou aos cristãos que é dever deles dar qualquer percentagem fixa.
Que o efeito deste estudo seja libertar-nos dos grilhões das tradições dos homens que não possam ser substanciadas pela Palavra de Deus (Mar 7:1-13[... 7 Em vão, porém, me honram, Ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. 8 Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens; como o lavar dos jarros e dos copos; ... 9 E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição. ... 13 Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes. ...]. Olhai para Jesus como o padrão e exemplo do vosso contribuir. Procurai a Deus diligentemente, sede generosos e prontos a compartilhar, para que entesoureis para vós mesmos o tesouro de uma boa fundação para o futuro, de modo que alcanceis aquela que é a verdadeira vida! (1 Tim 6:18-19) [18 Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; 19 Que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar  a vida eterna].
4 - Dadivando, no Novo Testamento
Se é verdade que dizimar foi parte da adoração de Israel no Velho Testamento, e que não tem nenhuma injunção prática sobre os crentes do Novo Testamento, então vem à tona, naturalmente, a pergunta "Que é que o Novo Testamento realmente ensina sobre o dar das nossas rendas [a Deus]?" Seguramente, o local de partida para os crentes do Novo Pacto começarem a entender qual é a revelada vontade de Deus para o dadivar deles, está nas Escrituras do Novo Testamento. É exatamente para lá que eu gostaria de lhe levar, para juntos examinarmos a vontade de Deus para o dadivar do [verdadeiro] cristão.
4.1 - o quanto do nosso dadivar
Uma vez que já temos estabelecido que o dízimo não é o padrão para crentes na Nova Aliança, como então determinarmos quanto os [verdadeiros] cristãos devem contribuir? Examinemos três diferentes textos, para colhermos, com esforço e cuidado, algum [real e profundo] entendimento sobre este importante assunto.
1 Coríntios 16:1-2: "1 ¶ Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. 2 No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar."
Em nosso texto, o apóstolo Paulo dá direções à igreja de Corinto: é em proporção ao quanto [cada um] tem prosperado que eles devem dar na coleta para os santos em Jerusalém, [os quais estão] em grande pobreza [e passando por enormes aflições]. Embora não exista nenhuma menção dos santos em Corinto darem um dízimo [ou qualquer outra percentagem imposta], eles são instruídos a darem proporcionalmente à sua prosperidade. O ponto em foco é simples -- aqueles com mais dinheiro dêem mais, aqueles com menos dinheiro, podem dar menos. Nada mais claro nem mais simples.
Atos 11:27-30: "... 29 E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. ..."
Note, na narrativa, que foi proporcionalmente aos seus meios que os irmãos em Antioquia dadivaram para os irmãos que sofriam na Judéia. Em outras palavras, deram de acordo com suas capacidades. Aqueles com mais dinheiro deram mais, aqueles com menos dinheiro deram menos. Nada mais claro nem mais simples.
2 Coríntios 9:7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."
Aqui, Paulo dá direções à igreja, para que dêem aquilo que têm proposto em seus corações. Note que o apóstolo não lhes diz quanto dar, nem lhes impõe uma percentagem fixa como padrão. Ele simplesmente lhes diz que, o que quer que tenham decidido dadivar, devem ir em frente e [efetivarem o] dadivar. Muitas vezes, no instante em que vemos uma necessidade, determinamo-nos a dar uma certa quantia, mas depois, quando o tempo de dar nos alcança, somos tentados a voltar atrás [ou ficar aquém]. Paulo ensina que devemos ser fiéis em fazer o bem segundo o que já tínhamos proposto em nosso coração. Mas note igualmente que o apóstolo Paulo deixa o valor a critério dos Coríntios. Não devemos permitir que outras pessoas [indevidamente] nos manipulem ou nos intimidem [psicologicamente ou de qualquer outra forma, levando-nos] a dar por um sentimento de culpa ou de pressão. Tem que não haver nenhuma compulsão [externa] em nosso dar; o valor tem que ser nossa própria decisão.
Estes textos do Novo Testamento nos ensinam que Deus deixa a nós o decidirmos sobre o valor das nossas contribuições. [Sim,] devemos dar em proporção aos nossos meios e a como Deus nos tem prosperado; ...  mas, ao final, somos livres para darmos aquilo que temos o desejo de dar. Quão libertador isto é, quando consideramos as táticas manipulativas de arrancar dinheiro que muitas igrejas de hoje tão freqüentemente usam. Tenho estado em igrejas onde os líderes são induzidos a tomar empréstimos de mil ou dois mil dólares [22 a 44 salários mínimos brasileiros] [cada líder,] [para dar oferta extra à igreja, em certas campanhas]. Foram ditos que, se não derem [o estipulado], a obra de Deus fracassará. Os membros da congregação são pressionados a escrever e telefonar para parentes, pedindo dinheiro. Há campanhas pressionando para promessas [assinaturas de carnês, notas promissórias e outros documentos morais e legais]  e para o fundo de construção, com grandes gráficos coloridos. À medida que o tempo passa, [todos] são pressionados a dar mais e mais. Permita-me submeter-lhe que tudo isto corre em direção contrária aos ensinos do Apóstolo em 2Co 9:7 [ver acima]. A vontade de Deus é que, quando vemos uma necessidade, oremos ferventemente por direção sobre como podemos satisfazer aquela necessidade. Então, com base na nossa situação financeira, dadivamos com um coração prazeroso e alegre.
4.2 - o propósito do nosso dadivar
A quais tipos de necessidades devemos usar nosso dinheiro para satisfazer? Será que o Novo Testamento nos dá alguma luz sobre este importante assunto? Creio que as Escrituras são muito claras nesta área. O Novo Testamento ensina que há três propósitos para nosso dadivar:

 1. Satisfazer as necessidades dos santos:
Este tema é como um fio que vai através de [toda] a Escritura. Consideremos alguns textos:
Atos 2:44-45 "44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. 45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister." O espírito de amor e generosidade era tão grande, na igreja primitiva, que os crentes, de própria vontade e  alegremente, abriram mão de suas próprias propriedades e possessões, para ministrarem às necessidades dos outros santos. Eles chegaram mesmo ao ponto de vender suas terras e casas para tomarem conta um do outro” (Atos 4:34).
 1 João 3:17 "Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?"
Gálatas 6:9-10 "9 E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. 10 Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé." Embora o "façamos bem"  não seja claramente definido, seguramente incluiria o dadivar para satisfazer as necessidades dos domésticos da fé.
Em adição a estes claros textos, lemos também, em Mt 25:31-40, que, quando Cristo voltar, separará as ovelhas dos bodes. As ovelhas são descritas como aqueles que alimentaram Cristo quando ele estava faminto, deram-lhe de beber quando estava sedento, vestiram-no quando estava nu. Quando as ovelhas replicam: "Senhor, quando ... e te demos de comer?  ... e te demos de beber? 38 ... e te hospedamos?  ... e te vestimos? 39  ... e fomos ver-te?"  Cristo responde " Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." Aqui, Jesus nos diz claramente que quando usamos nosso dinheiro para vestir e alimentar os irmãos de Cristo (crentes, de acordo com Mt 12:50 ["... qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe."]), estamos ministrando a ele. Ademais, 1Tm 5:16 ["... para que se possam sustentar as que deveras são viúvas."] dá instruções sobre como a igreja deve sustentar viúvas desvalidas. Ainda mais, temos visto, nos textos já citados, as muitas exortações do apóstolo Paulo para dadivar aos santos pobres em Jerusalém. Portanto, é bastante claro que uma das prioridades do dadivar no Novo Testamento é satisfazer as necessidades dos santos.
2. Satisfazer as necessidades dos obreiros cristãos:
Além de usarmos nosso dinheiro para satisfazer as necessidades dos nossos irmãos e irmãs em Cristo, as Escrituras também nos levam a usar nosso dinheiro para sustentar os que trabalham na obra do Senhor. Consideremos as seguintes passagens:
1 Timóteo 5:17-18: "17 ¶ Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; 18 Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário."
Neste texto, "honra" tem que significar mais que [meras] estima e respeito, pois, no verso 3 do mesmo capítulo, Paulo manda a Timóteo "Honra as viúvas que verdadeiramente são viúvas." Honrar estas viúvas é prover para elas (v. 8) e assisti-las (v. 16). Portanto, quando Paulo menciona "honrar" os anciãos que trabalham duramente na pregação e ensino [da Palavra], imediatamente depois que ele mencionou honrar as viúvas, Paulo tem que ter a mesma coisa em mente -- prover e assistir aos anciãos financeiramente, de modo que possam se dedicar ao trabalho de labutarem na Palavra. Um ancião ensinador é como um boi que deve ser permitido comer enquanto está debulhando. Em outras palavras, deve ser sustentado e cuidado enquanto está trabalhando com todo esforço. Ele também é como um operário, o qual é digno de seu salário. A uniforme prática apostólica do Novo Testamento foi a de apontar anciãos para superintenderem as igrejas que os apóstolos plantavam. Paulo simplesmente está dirigindo as igrejas a proverem e assistirem financeiramente estes anciãos, de modo que possam dar seu tempo à tarefa de ministrarem ao rebanho.
1 Coríntios 9:6-14 "6 Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? 7 Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não se alimenta do leite do gado? 8 Digo eu isto segundo os homens? Ou não diz a lei também o mesmo? 9 Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois? 10 Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante. 11 Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? 12 Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo. 13 Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar? 14 Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho."
Nesta passagem Paulo está clamando que os apóstolos tinham todo o direito de abster-se de [viverem de] trabalhos seculares e todo o direito de receberem o sustento material daqueles a quem serviam. De fato, Paulo assevera que o Senhor mandou àqueles que proclamam o evangelho que obtenham seu viver do evangelho.
Filipenses 4:15-18 "15 E bem sabeis também, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente; 16 Porque também uma e outra vez me mandastes o necessário a Tessalônica. 17 Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que cresça para a vossa conta. 18 Mas bastante tenho recebido, e tenho abundância. Cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus."
Neste texto o apóstolo declara expressamente que a dádiva que os filipenses lhe haviam enviado foi um fragrante aroma, um sacrifício aceitável, e foi agradável a Deus. O próprio Deus nos tem dado sua aprovação para usarmos nosso dinheiro para sustento de fiéis obreiros cristãos. Portanto, é importante que o povo de Deus utilize seus recursos financeiros para sustentar obreiros cristãos, quer sejam anciãos de uma igreja local, ou evangelistas itinerantes, ou missionários.
3. Satisfazer as necessidades dos pobres:  
Em adição ao uso do nosso dinheiro para satisfazer às necessidades dos santos e dos obreiros cristãos, as Escrituras também nos mandam usar nosso dinheiro na satisfação das necessidades dos pobres. Considere os seguintes textos:
Lucas 12:33-34 "33 Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. 34 Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração."
Efésios 4:28 "Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade."
Aqui a pessoa que sofre a necessidade não é identificada como crente, mas presumivelmente pode ser qualquer um padecendo privação.

Tiago 1:27 "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo."
Visitar órfãos e viúvas em suas necessidades tem que significar mais que fazer-lhes uma mera visitinha social. Está implícita, na declaração, a idéia de ajudar estes órfãos e viúvas, o que, sem dúvidas, requereria dadivar sacrificalmente.
Como temos visto, podemos desta maneira sumariar o ensino do Novo Testamento sobre o propósito do dadivar –
[a] satisfazer as necessidades dos santos,
[b] satisfazer as necessidades dos obreiros cristãos, e
[c] satisfazer as necessidades dos pobres.
Note que o dadivar, no Novo Testamento, é sempre para satisfazer as necessidades das pessoas. É interessante que aquela coisa na qual a igreja na América gasta a maior parte do seu dinheiro, depois de pagar o salário do seu pessoal, não é de modo algum mencionada [no Novo Testamento] -- prédios da igreja! A Bíblia simplesmente não fala de [nenhuma] igreja entrando em débito para comprar [ou construir] caros prédios, pela simples razão de que a igreja primitiva não se reunia em prédios especiais. Eles se reuniam em casas. Assim, não havia despesa "não estrita e diretamente com o evangelho e com pessoas" [tal despesa], só faria drenar a energia e as finanças da igreja. Desta maneira, todas as dádivas do povo de Deus podiam ir diretamente para satisfazer as necessidades de pessoas.
Incidentalmente, não há nas Escrituras nada de que eu tenha conhecimento e que exija que todo nosso dadivar ao Senhor tem que ser primeiramente entregue aos líderes da igreja, e depois distribuídos por eles [conforme eles o prefiram]. De fato, creio que algumas das nossas dádivas devem ser feitas diretamente de pessoa para pessoa, para preservarmos o anonimato (Mt 6:1-4). É, razoável, portanto, colocar de lado (em casa ou numa conta bancária separada e especial) uma parte da sua dádiva total, de modo que, quando uma necessidade especial ou uma emergência surgir, tenhamos alguns recursos financeiros de que possamos sacar para satisfazer aquela necessidade.
4.3 - o modo do nosso dadivar
Além de nos iluminar sobre o valor total e sobre o propósito do nosso dadivar, as Escrituras nos ensinam diversas coisas sobre como devemos dadivar.
 1. Devemos dadivar anonimamente:
Em Mateus 6:1-4 [1 ¶ Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus. 2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; 4 Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.
Jesus nos ensina a dadivar em segredo, para que aquele que vê em segredo nos recompense. Este tipo de dadivar é preferível pois protege o dadivador de orgulho espiritual. Quando você quiser dar uma dádiva a alguém, procure maneiras de satisfazer a necessidade que você percebeu, sem que o beneficiário jamais saiba quem deu o dinheiro [5].
2. Devemos dadivar voluntariamente (por nossa vontade, com amor):
2 Coríntios 8:3-4 diz "3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente. 4 Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos."
Somos aqui ensinados que as igrejas da Macedônia deram de suas próprias vontades. Ninguém os estava manipulando [emocional e psicologicamente], nem lhes torcendo o braço [obrigando-os]. Em 2Cor 9:7 Paulo diz "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."  Se não devemos dadivar  com tristeza ou sob compulsão [externa], então devemos dadivar voluntariamente [de ânimo pronto, com prazer e alegria]. Deus quer que nosso dadivar provenha do nosso coração. Ele quer que dadivemos porque temos todo o desejo de fazê-lo.
3. Devemos dadivar expectativamente:
Quando dadivamos, devemos esperar que Deus nos abençoe nesta presente vida. Consideremos os ensinos do apóstolo Paulo.
2 Coríntios 9:6 "E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará."
Quando alguém semeia por girar seu braço e espalhando abundantemente as sementes com a mão aberta, parece que está apenas jogando fora bom grão. Mas, se ele firmemente prendesse as sementes na sua mão [não deixando nenhuma escapar], ou se apenas jogasse uma ou duas sementes, teria uma ceifa muito pequena. Assim também com o dadivar do crente. Se não dermos nada ou se dermos muito pouco, só podemos esperar muito poucas bênçãos. Mas, se dermos com uma mão aberta e generosa, podemos esperar que colhamos abundantemente. John Bunyan disse uma certa vez: "Um santo nunca dizia 'esta moeda é minha', e, quanto mais ele dadivava, mais ele tinha." Muitos têm torcido 2Cor 9:9 como se ensinasse que Deus quer que dadivemos tendo, dentro de nós mesmos, o objetivo de recebermos. Este tipo de ensino apela para a carne, e faz crescer um espírito de avareza e cobiça nos crentes. Mas, ao contrário disto, Paulo nesta passagem está ensinando que devemos dadivar com o objetivo de recebermos mais para podermos dadivar [ainda] mais. Vejamos como Paulo expressa isto, nos versos 8-11: "8 E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, A FIM DE QUE, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; 9 Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre. 10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça; 11 Para que em tudo enriqueçais PARA toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus." Notemos, nesta passagem, que Paulo está asseverando que Deus abençoará o dadivador generoso fazendo toda a graça abundar sobre ele, para que, em conseqüência, este tenha uma abundância para toda boa obra. Ademais, Deus promete multiplicar a semente do dadivador para semear e [promete] aumentar a colheita de sua retidão. Estas passagens sem dúvida alguma apontam para o fato de que Deus abençoa aqueles que dadivam, de modo que possam dar ainda mais. Uma vez que Deus é o maior dadivador de todos, devemos nos esforçar para sermos na semelhança dele. E a única maneira de podermos ser maiores dadivadores no futuro é começarmos a dar generosamente agora! É muito interessante que isto seja exatamente o que os Provérbios de Salomão nos ensinam, embora tenham sido escritos centenas de anos antes.
Provérbios 19:17 "Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, Ele lhe pagará o seu benefício."
Provérbios 11:24-25 "24 ¶ Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém mais do que é justo, é para a sua perda. 25 ¶ A alma generosa prosperará e aquele que atende também será atendido."
Em adição, também devemos esperar que Deus nos abençoará na vida futura. Se há uma coisa que a Bíblia deixa muito clara é que, quando dadivamos, estamos entesourando para nós mesmos tesouros no céu. Note a ênfase nos tesouros celestiais, futuros, nas seguintes passagens:
Mateus 6:19-21 "19 ¶ Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. 21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração."
Lucas 12:33 "Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói."
1 Timóteo 6:18-19 "18 Que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente, e sejam comunicáveis; 19 Que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna."
Em todas estas passagens (quer dirigidas aos discípulos, ao rico jovem proprietário, ou aos opulentos crentes de Éfeso) a mensagem é a mesma -- o generoso dadivar será recompensado por tesouros celestiais. Preferirias tu ter o teu tesouro na terra, onde perecerá, ou no céu, onde o gozarás eternamente? Tua resposta a esta pergunta terá muito a ver com o como verás e usarás tuas riquezas.
4. Devemos dadivar animadamente (com ânimo, alegria):
Em 2Coríntios 9:7 nós aprendemos qual espírito devemos ter ao dadivarmos "Cada um contribua segundo propós no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria."
Se cada crente soubesse quão grande chuva de bênçãos gozaríamos através do dadivar, seríamos como os crentes da Macedônia, que imploraram a Paulo para terem a oportunidade de dadivar (2Cor 8:3-4)! Dadivar deveria ser visto como um grande privilégio, não como uma pesada carga ou um doloroso dever. Deus não deseja que seu povo dadive movido por um sentimento de compulsão [ser empurrado à força e contra a vontade], mas sim movido por uma atitude de alegria e animação. A suprema e definitiva passagem no NT que declara a atitude com a qual devemos dadivar, descrevê-a como "com alegria". Que Deus nos ajude a dadivar em um espírito que O honre!
5. Devemos dadivar sacrificialmente:
Nas Escrituras temos vários exemplos onde Deus olha com aprovação para o nosso dadivar sacrificial:
2 Coríntios 8:1-5 "1 ¶ Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedónia; 2 Como em muita prova de tribulação houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade. 3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente. 4 Pedindo-nos com muitos rogos que aceitássemos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos. 5 E não somente fizeram como nós esperávamos, mas a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor, e depois a nós, pela vontade de Deus."
Logo de partida, notemos que os crentes macedônicos tinham pouquíssimos dinheiro e bens. São descritos como estando suportando muita aflição e experimentando profunda pobreza. Apesar de tudo, também é dito que tinham dadivado além das suas possibilidades! Que Deus nos habilite a os imitarmos em nossas próprias vidas!
Marcos 12:41-44 "41 ¶ E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito. 42 Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo. 43 E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro; 44 Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento."
Jesus escolheu esta mulher para servir aos seus discípulos de maravilhoso exemplo do dadivar. Quando Cristo viu o espírito sacrificial dela [amoroso e de vontade livre e boa], Ele chamou os Seus discípulos para se aproximarem, observarem, e aprenderem uma lição, através da vida dela. Que também aprendamos, e saiamos, e façamos semelhantemente!
Podes tu afirmar que teu dadivar é caracterizado por um espírito de sacrifício [com felicidade]? Teu dadivar realmente te é custoso? [Realmente representa um sacrifício?] Na realidade, não é quanto dadivamos que é tão importante, mas sim quanto [é que resta e] guardamos para nós mesmos, depois de dadivarmos. Que nosso grande e glorioso Deus nos habilite a praticarmos um gozoso e sacrificial dadivar!
4.4 - a motivação do nosso dadivar
Agora que já temos visto os que as Escrituras nos ensinam com referência ao total, ao propósito, e à maneira de dadivarmos, voltemo-nos para examinar o que a Bíblia nos ensina sobre qual deve ser a motivação do nosso dadivar.
1. O exemplo de Cristo:
Justo na metade da mais extensa exposição do Novo Testamento sobre o dadivar  (2Cor 8-9), o apóstolo Paulo lança mão do exemplo de Jesus Cristo para estabelecer qual deve ser nossa maior motivação. Considere as palavras de Paulo em 2Cor 8:9"Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis." Cristo era infinitamente rico em sua existência pré-encarnação, no céu. Era incessantemente adorado por uma grande hoste de seres angelicais. Sendo Deus, exercia onipotência, onisciência e onipotência. Juntamente com o Pai e o Espírito Santo, reinava sobre todo o universo que tinham criado. Todavia, Cristo de livre vontade escolheu se tornar pobre. Jogou no chão seu direito ao exercício independente de seus atributos. Nasceu em um estábulo e foi criado por pais muito pobres. Viveu uma vida obscura e simples.  Dependeu do [Deus-] Pai para toda a sua sobrevivência. Nunca acumulou possessões durante [todo o] tempo de sua vida; na verdade, parece que as únicas possessões que ele podia chamar de suas foram as roupas sobre suas costas. Ao final de sua vida, [pela própria vontade] ele entregou a única coisa que ainda lhe restava, sua própria vida. Ao depor sua vida Jesus estava dando tudo, para nos livrar dos nossos pecados. Embora fosse rico, tornou-se pobre. E qual foi o propósito deste grande ato de sacrifício? Foi que, através de sua pobreza, nós nos tornássemos ricos. Nós, aqueles que cremos nele, temos herdado grandes riquezas: perdão, adoção, justificação, Deus o Espírito Santo habitando em nós, paz com Deus, acesso a Deus, santificação, e a glória eterna que em breve virá! Note que Cristo não nos deu apenas dez por cento dos seus recursos ao nos comprar e presentear tamanhos tesouros! Ele deu 100%! Um discípulo naturalmente deseja ser como seu senhor. Portanto, empenhemo-nos esforçadamente para imitar nosso Senhor. Não nos contentemos em dar uma pequena fração de nossa renda. Oremos que Deus nos habilite a dar mais e mais, para ajudar pessoas sofrendo e para expandir o reino de Deus através do mundo!
2. A ordem de Cristo:
Não apenas temos o exemplo de Cristo para nos motivar, como também temos sua ordem. Jesus expressou-se muito claramente em João 15:12-13, "12 O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. 13 Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos." Jesus, nesta passagem, está ordenando aos seus seguidores que amem um ao outro de modo idêntico àquele com que Ele os amou -- a saber, sendo totalmente dedicado a eles. Este tipo de dedicação tem que, pela própria natureza do caso, incluir a vontade de darmos dos nossos recursos para ajudarmos um ao outro. Jesus deu tudo, inclusive sua própria vida, por nós. É deste modo que somos ordenados amar um ao outro. Saberemos se realmente amamos nossos irmãos e irmãs quando estivermos desejosos de abrir nossa carteiras ou talões de cheque e dar para satisfazer suas [reais] necessidades. Que Deus nos habilite a seguirmos seu Filho em obediência!
5 - Conclusão
As Escrituras não ensinam que o dízimo é obrigatório sobre os crentes durante [a dispensação da graça] o Novo Testamento. No entanto, as mesmas Escrituras [decididamente] ensinam que os crentes devem ser dadivadores generosos, sacrificiais, expectantes, e prazerosamente animados! Será que isto descreve você? É minha sincera oração que o Espírito Santo use este escrito para o desafiar a repensar os seus padrões de dadivar, e para verificar se eles se alinham com a vontade de Deus, conforme expressa no Novo Testamento. Se não estiverem, vá ao Senhor em oração e peça-lhe o poder e a graça para lhe obedecer plenamente em todas as coisas.